‘Xandão’ dá 5 dias para PGR se manifestar sobre pedido de suspensão das redes sociais de Nikolas Ferreira

Supremo Tribunal Federal foi acionado pela deputada Erika Hilton, depois que o parlamentar fez um discurso transfóbico, a fim de evitar a disseminação de supostas notícias falsas contra pessoas trans

Nesta segunda-feira (20/3), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, determinou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste em cinco dias sobre um pedido deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) para suspensão dos perfis socias nas redes do deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG), após o famigerado discurso transfóbico feito no plenário da Câmara dos Deputados.

No Dia Internacional da Mulher, durante sessão destinada a discursos dos parlamentares, o deputado disse que as mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres. Pouco antes dele, a parlamentar havia utilizado a tribuna. Hilton e Duda Salabert (PDT-MG) são as primeiras deputadas federais transexuais da história. O deputado desrespeitou as deputadas ao vestir uma peruca e dizer que na data comemorativa se sentia uma mulher.

Hoje, no Dia Internacional das Mulheres, a esquerda disse que eu não poderia falar, porque eu não estava no meu local de fala. Solucionei esse problema [vestiu uma peruca]. Hoje, me sinto mulher. [Sou a] Deputada, Nicole. As mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres” afirmou, conforme lembrou o g1.

Erika Hilton disse, no requerimento entregue ao STF, que “diante das circunstâncias, está evidente que o deputado Nikolas Ferreira, além de manter atividade criminosa constante de disseminar notícias falsas, transfobia e incitação à transfobia por todas as suas redes sociais, ainda está intencionalmente obtendo vantagem com a prática delituosa, se utilizando de sua prática de transfobia para angariar mais seguidores em suas redes sociais”.

Segundo a deputada, “ao inflamar a sua base de apoiadores com publicações notoriamente falsas, legitimando-se nas redes sociais a partir de um discurso criminoso, Nikolas se dirige frontalmente contra a Constituição da República, que estabelece a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República brasileira“.

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