[Vídeos] O 11 de Setembro no Chile é lembrete para escalada autoritária na América Latina – por Sylvia Colombo

Óculos gigantes representando aqueles utilizados por Salvador Allende, ex-presidente do Chile, em frente ao palácio presidencial chileno, em Santiago, onde o socialista se suicidou durante o golpe militar liderado por Augusto Pinochet, em 11 de setembro de 1973. (Foto: AP Photo/Santiago Llanquin – 2008)


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

Já não se fazem mais golpes de estado como o chileno. E ainda bem!”, diz a colunista. “Porém, a lembrança do pesadelo iniciado naquela manhã de 11 de setembro de 1973 deve servir de aviso para os que acompanham, neste momento, a escalada autoritária de líderes latino-americanos, como no Brasil” – Assista a 10 episódios de A BATALHA DO CHILE – O Golpe de Estado, no final da matéria

“Já não se fazem mais golpes de estado como o chileno. E ainda bem! Porém, a lembrança do pesadelo iniciado naquela manhã de 11 de setembro de 1973 deve servir de aviso para os que acompanham, neste momento, a escalada autoritária de vários líderes latino-americanos”, entre eles Bolsonaro, escreve Sylvia Colombo, na Folha de S. Paulo.

Ela explica que “se no início houve participação ativa e apoio dos EUA para a instalação do regime do general Augusto Pinochet, os norte-americanos passaram a pressionar pela redemocratização do país no fim dos anos 1980. Um regime ditatorial de linha-dura tão longo, naqueles tempos, tinha péssima reputação internacional, com organismos de defesa dos direitos humanos e grande parte da sociedade pressionando contra”.

“Outra atuação diferente nos dias de hoje é com a imprensa. É certo que ainda há prisão e até mortes de jornalistas. Mas parece que os autocratas aprenderam, por fim, que calar um jornalista não cala os demais, e às vezes tem até efeito contrário. Eles, então, atuam de modo mais pragmático: tentam sufocar economicamente os meios de comunicação. Ameaçam empresários para que não publiquem anúncios nos veículos independentes, chegam a mudar regras cambiarias para que tenham dificuldade de obter dólares para comprar recursos. No caso do La Prensa >>>[*]<<<, da Nicarágua, que acaba de encerrar sua versão impressa, o regime havia bloqueado uma compra de papel que está apodrecendo na aduana do país”.

>>> [ *O maior e mais importante jornal impresso da Nicarágua, La Prensa, anunciou em 12 agosto que deixaria de circular devido a uma retenção do papel importado, realizada pelo regime de Daniel Ortega. A empresa não tem conseguido retirar o material da alfândega, onde está parado há mais de seis meses. A publicação afirma ser vítima de perseguição política devido a seu posicionamento crítico à ditadura. Além de não conseguir acessar o papel, o diário La Prensa teve jornalistas ameaçados e presos, e seus anunciantes foram pressionados a deixar de financiá-lo. ] <<<

“Pinochet foi, ao lado de colegas sanguinários como Rafael Trujillo (República Dominicana) ou a Junta argentina dos anos 1970, uma nefasta figura do mal. Mas seria um erro virar a página e pensar que esses personagens ficaram obsoletos e caricatos. Os novos autocratas latino-americanos estão determinados a seguir avançando sobre as instituições e inflando seus poderes”.
“Não é o momento para baixar a guarda e deixar de vigiar seus passos”.

O texto aqui exposto pode não refletir integral ou parcialmente a opinião do . As informações têm por objetivo levar a público os acontecimentos mais enfáticos divulgados pelas mídias, cabendo os créditos, bem como a responsabilização, a seus respectivos autores. Nosso compromisso é transmitir aos leitores as tendências sobre assuntos em voga no Brasil e no mundo.

Assista a seguir a 10 episódios de aproximadamente 10 minutos sobre o golpe militar no Chile:

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