“Alguém sabe dizer se depois de confessar ter condenado um inocente o Toffoli já pediu pra deixar de ser ministro do STF?“, escreveu um usuário de rede social – ASSISTA
“Todos que conhecemos José Genoino sabemos que ele não tinha ideia do que estava se passando”, disse o ministro do STF (Tribunal Superior Eleitoral) Dias Toffoli, nesta sexta-feira (26/5), ao comentar que votou pela condenação do ex-presidente do PT para poder participar do cálculo de sua pena.
O magistrado detalhou, durante o julgamento que condenou por corrupção passiva e lavagem de dinheiro o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor, a estratégia para participar da “dosimetria” no caso do ‘mensalão’. Toffoli finalizou dizendo que o judiciário não deve ter vergonha de pedir desculpas pelos erros.
No ‘Twitter’, um usuário afirmou: “Alguém sabe dizer se depois de confessar ter condenado um inocente o Toffoli já pediu pra deixar de ser ministro do STF?“. A repercussão negativa da confissão do ministro gerou até uma discussão sobre a possibilidade da aplicação de um impeachment na Corte máxima de Justiça brasileira.
Toffoli declarou que Genoino“havia assinado um contrato de financiamento com um dado banco, junto ao tesoureiro do PT, Delúbio Soares. Todos nós que conhecemos o José Genoino sabemos que ele não tinha ideia do que estava se passando. Completamente ingênuo e inocente em tudo que aconteceu. Todavia, ele havia assinado o contrato de financiamento. Portanto, acabei por optar em votar pela condenação, mas a pena que propus foi de 2 anos e 8 meses de prisão, o que tornava-a prescrita”.
O ministro também disse que, em compensação, votou pela multa reduzida a Genoíno: “Quanto à multa, votei pela punição financeira reduzida, porque, evidentemente, jamais José Genoino teve alguma vantagem com aquele chamado esquema de corrupção“, acrescentou, conforme transcreveu o portal ‘UOL‘.
Para Toffoli, o Judiciário não deve ter vergonha de assumir os erros. “Estamos aqui a corrigir injustiças que foram feitas e não temos que ter vergonha de pedir desculpas por erros judiciários que cometemos. Não temos que ter vergonha de dizê-lo“, defendeu.
“Eu, sim, votei em alguns casos, numa condenação para poder participar da dosimetria [tamanho das penas], para poder influenciar, já que me retiraram o direito de absolver. É disso que se trata, nós somos um colegiado e votamos em tudo. Ninguém pode retirar o voto de ninguém, nós somos iguais“. Assista às declarações:
Cambada de calhorda.aplica injustiça, confessa publicamente…e vai ficar por isso mesmo?