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Flávio Bolsonaro emprega assessores suspeitos de movimentações financeiras incomuns em seu gabinete na Alerj

O filho-estopim de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), continua sendo uma usina de crises e constrangimentos para o governo; o senador eleito mantém empregados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) quatro servidores mencionados pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) por transações suspeitas; três deles permanecem lotados no gabinete do parlamentar, enquanto um está nomeado na liderança do PSL (Flávio é o líder do partido); a conta chega a assustar: nove (9) assessores e ex-assessores do deputado foram listados pelo Coaf

Moro e Bolsonaro estão proibidos de comentar as investigações do Coaf, mas silêncio de Flávio revolta militares

Após o Jornal Nacional revelar que um novo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trazem movimentações financeiras atípicas do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Palácio do Planalto não só tenta blindar o presidente Jair Bolsonaro (20/1) para que as denúncias não o atinga como também o proibiu de comentar o assunto. A comunicação da Presidência da República acredita que qualquer fala do chefe do Executivo brasileiro pode fortalecer as suspeitas que recaem sobre seu filho mais velho, ao invés de diminuí-las.

Livro de Moro “Crime de Lavagem de Dinheiro”, publicado em 2018, diz que depósitos fracionados (como os de Flávio Bolsonaro) são caracterizados como tal

O atual ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sergio Moro, publicou em 2010, quando era juiz de primeira instância, o livro “Crime de Lavagem de Dinheiro”, pela Editora Saraiva, no qual explica que os depósitos fracionados – como os identificados pelo Coaf hoje na conta de Flávio Bolsonaro, filho do presidente – são típicos do crime de lavagem de dinheiro. O órgão reportou ter havido 48 depósitos, somando R$ 98 mil, na conta do senador eleito.

[Vídeo] Com a CNN chegando ao Brasil, Globo dispara míssil no clã Bolsonaro: JN divulga relatório Coaf com depósitos de Queiroz e acaba com Flávio – ASSISTA

Um novo míssil foi disparado pela Globo em direção ao clã Bolsonaro que pode complicar de uma vez sua relação no Bolsogate; Jornal Nacional divulgou trecho de um relatório do Coaf com movimentações bancárias suspeitas de Flávio Bolsonaro entre junho e julho de 2017; em um mês, foram quase 50 depósitos em dinheiro numa conta do senador eleito e filho do presidente Jair Bolsonaro, no total de R$ 96 mil; relatório afirma que o fato de terem sido feitos de forma fracionada desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro

Censura de Bolsonaro: servidores e até presidente do Coaf são proibidos de comentar processos – órgão identificou movimentações de R$ 1,2 milhão, de Queiroz e R$ 24 mil na conta da primeira-dama.

Em um dos primeiros decretos de seu governo, assinado nesta terça-feira (1º), Jair Bolsonaro (PSL) impôs censura ao presidente, conselheiros e servidores em exercício do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), impedindo-os de manifestarem “em qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento no Plenário”.