Tacla Duran para Dallagnol sobre cooperação suspeita com FBI: “Pego em flagrante, se faz de vítima para justificar erro”

UM Brasil – Deltan Dallagnol, o procurador coordenador da força tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná, levou uma invertida de Rodrigo Tacla Duran, ex-advogado da Odebrecht que reside na Espanha e que foi condenado pela operação suspeita de ter atuado conjuntamente com o FBI em reportagem da agência Pública e do Intercept Brasil

Não é de hoje que a Lava Jato sofre ataques, com teorias da conspiração e informações não confirmadas sem qualquer base na realidade. Nosso trabalho está sujeito – e sempre esteve – à fiscalização do Poder Judiciário em várias instâncias e da própria estrutura funcional do MPF“, disse Deltan em seu perfil social do microblog Twitter. 

Tacla Duran, denunciante da indústria da delação na operação Lava Jato de Curitiba, ironizou, em resposta também no Twitter, a fala do procurador: “Todo ser que é pego em flagrante errando tenta: 1º Se fazer de vítima. 2º Justificar o erro. 3º Inverter a situação: vítima x réu”.

Rodrigo Tacla Duran também disse, horas antes, que os procuradores da Lava Jato de Curitiba gravaram conversas, por quatro anos, com equipamentos de interceptação e organização de gravações telefônicas que desapareceram, com grande parte do acervo de gravações apagado.

Tacla Duran negocia um acordo de colaboração premiada com a equipe do procurador-geral da República Augusto Aras, que tem como um dos alvos o advogado Carlos Zucolotto, amigo do ex-ministro da Justiça Sergio Moro.

De acordo com Aguirre Talento, do Globo, a delação avançou justamente depois que Moro pediu demissão e se tornou inimigo do presidente Jair Bolsonaro.

Uma primeira tentativa de acordo de delação de Tacla Duran foi feita em 2016, junto à Lava-Jato de Curitiba, e foi recusada sob suspeita de graves omissões e de má-fé nas negociações.

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