NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM, PERO NO MUCHO
por Matheus Siqueira no Facebook
A vitória de Maia sinaliza que o PT e o PSOL poderão ser atropelados na Câmara pelos próximos 4 anos. Pelo andar da carruagem, se não houver forte e constante apoio popular nas ruas, certamente serão. Na verdade, o Brasil já está sendo atropelado desde o golpe de 2016. A base de apoio do atual presidente é ampla e não tem restrição no sentido de negociar a seu favor.
Cascalho, bufunfa, grana. Aquilo lá é um imenso balcão de negócios. O pior da história. O Brasil acoxinhou-se de tal maneira que, pra ser sincero, nem com a ajuda de Jesus da goiabeira será fácil fazer uma política bem-sucedida na defesa dos direitos da classe trabalhadora. O Congresso brasileiro está podre; nem de longe representa a pluralidade do nosso povo. Parece um churrascão de militares, milicianos, empresários, latifundiários, youtubers e pastores decidindo o que fazer dessa grande fazendona.
Diferentemente do PT, PSOL e PSB, o partido que foi vice na chapa de Haddad na última eleição, comandado por Orlando Silva, assim como Ciro Gomes e parte do PDT, debandou-se pro lado de Rodrigo Maia de forma, sic, “estratégica”. Qualquer visão política coerente faz a leitura de que o triunfo do atual reeleito presidente da Câmara é humilhante para todo o campo progressista e uma vitória para Bolsonaro. Ainda dá pra virar o jogo mas, por hora, parece que fracassamos na organização de um bloco de oposição. Apesar dessa patifaria toda, a vitória foi comemorada pelas lideranças do PCdoB e PPL. Sem querer ser ofensivo, mas do Orlando Silva aos jovens militantes das redes, todos pareciam adolescentes: “A vida é minha, eu faço o que eu quero”. Uma pena a lacração não ter limites.
E você, meu amigo, tá pensando que o PT, PSOL e PSB estão de vítimas nessa trapalhada toda? Nem um pouco. Para barrar a manobra bizarra do PCdoB, solicitaram à mesa diretora da Câmara que o PCdoB não fosse reconhecido como partido por causa da cláusula de barreira. Além disso, que já é uma baita vacilo, não conseguiram sequer manter a própria unidade, pois, pelas contas, uma pequena parte do PT ou do PSB deixou de votar em Freixo para votar em Maia.
É claro que nem tudo é comum entre os partidos de esquerda. E nem deveria ser. Por isso existem vários partidos com metodologias diferentes mas objetivos semelhantes. No entanto, diante os retrocessos e a canalhada que tomou o poder, as nossas diferenças são pequenas e precisam ficar em segundo, ou melhor, terceiro plano. A nossa união não significa apenas a sobrevivência de siglas partidárias. Isso é o de menos. A luta conjunta é pela soberania do Brasil, pela justiça, pela redemocratização, em defesa do povo e do Estado de Direito. Não é coisa pouca não.
Esse nosso empurra-empurra só faz crescer o lado de lá. Assim como o puritanismo excessivo é tolice, o pragmatismo “estratégico” é obsceno. Não dá pra ficar pensando em fazer política apenas com acordinho do coronelzinho daqui ou dali. Isso é estupidez. Não estamos vivendo a normalidade democrática em que se pode discutir as questões tomando chazinhos das 5. Estamos em 2019, sob um governo autoritário de extrema-direita que chegou ao poder por meio de um golpe e somente com a intensa participação do povo nas ruas, como ainda não vimos, conseguiremos fazer pressão parar impedir os retrocessos que estão por vir. A palavra de ordem é união.
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