Lauro Nogueira e Dermeval Farias Gomes Filho, ambos indicados da força-tarefa da Lava Jato para membros do Conselho Nacional do Ministério Público, tiveram seus nomes rejeitados pelo plenário do Senado. A rejeição é considerada como uma derrota da Lava Jato, sendo efeito direto das revelações trazidaspelo The Intercept
O Senado impôs uma importante derrota à Lava Jato nesta quarta-feira (18), ao rejeitar a recondução de dois nomes ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
Lauro Nogueira, um dos mais aguerridos defensores do procurador da República Deltan Dallagnol, teve a sua recondução ao cargo do Conselho Nacional do Ministério Público negada pelo senadores por 34 votos contra 26. Depois o nome do Dermeval Farias Gomes Filho também foi rejeitado por 33 votos contra 15.
Ambos votaram contra representações contra o procurador Deltan Dallagnol que foram apresentadas por parlamentares.
Segundo reportagem de Tales Faria, da Folha, a informação que circulou no plenário de que ambos os procuradores eram aliados de Deltan Dallagnol, o coordenador da Lava Jato, foi decisiva para a votação.
“Eles foram rejeitados porque afirmaram que não puniriam o coordenador da força-tarefa da Lava Jato”, disse o senador Alessando Vieira (Cidadania-SE), se referindo às representações feita contra Deltan no Conselho após as revelações trazidas pelo The Intercept a partir de mensagens vazadas com conversas entre membros da força-tarefa da Lava Jato.