
Declaração feita pelo presidente russo, durante encontro em Moscou, com políticos e representantes de estados, é um recado ao Ocidente e nações que adquiriram o hábito de “implicar” sem motivo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta quarta-feira (21) durante encontro anual com políticos e autoridades de estados reunidos em Moscou, que aqueles que ameaçarem a segurança de seu país “se arrependerão como jamais se arrependeram antes”, apesar de ter sublinhado que o Kremlin deseja manter boas relações com todas as nações, até mesmo com aquelas que iniciaram um enfraquecimento diplomático nos últimos anos. Em um dos trechos de sua fala, Putin disse que alguns países adquiriram o hábito de “implicar” com a Rússia sem motivo.
“Não queremos queimar pontes. Mas, se alguém vê nossas boas intenções como indiferença ou fraqueza e quer queimar as pontes, ou mesmo explodi-las, deve se lembrar disso: a resposta da Rússia será assimétrica, rápida e dura”, afirmou.
Nesta semana, o Kremlin – sede do governo da Rússia e da extinta União Soviética, localizado em Moscou, expulsou 20 diplomatas da República Tcheca em resposta à decisão daquele país, que mandou de volta para casa 18 representantes de Putin em Praga.
Putin afirmou alertou os líderes estrangeiros para não “cruzarem a linha vermelha” e observou que o Kremlin é o único a defini-la “modestamente” em face de “ações hostis” estrangeiras de “total grosseria”:
“Alguns países criaram o hábito de implicar com a Rússia. É como uma competição esportiva para eles. Um novo tipo de esporte em que querem falar mais alto contra a Rússia”.
Nas últimas semanas, a relação entre a Rússia e o Ocidente começou a se deteriorar. No início deste mês, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva impondo sanções, em resposta aos supostos hacks cibernéticos de Moscou e interferência nas eleições de 2020 nos EUA.
