Salles defende uso de fogo para controlar fogo das queimadas

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente do Governo Bolsonaro, disse nesta terça (15) durante entrevista à CNN Brasil, que o fogo preventivo seria uma boa opção para reduzir a matéria orgânica do Pantanal mato-grossense e deter o avanço das queimadas no bioma reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) e UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) como patrimônio natural da humanidade.

A previsão é que este mês de setembro será quantitativamente o mais devastador em incêndios, o que superará os índices captados pela série histórica medida pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), desde 1998.

“Por questões de escolhas específicas, não se autorizou nos Estados o uso da queima controlada, o chamado fogo frio, lá no Pantanal. Ao longo dos anos, vai crescendo o volume de massa orgânica acumulada. Quando pega fogo, isso funciona como um grande combustível”, disse Salles na entrevista.

Uma nota técnica publicada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul sobre o decreto federal assinalou uma exceção à proibição da queima controlada, que são as “práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas ou supervisionadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção e pelo combate aos incêndios florestais”.

Segundo Salles, os recordes em focos de calor e área devastada deve-se ao “caráter sazonal” das queimadas não sendo questões “necessariament conexas” o avanço simultâneo do fogo sobre áreas da Amazônia e do Pantanal.

“Outros Estados e outras regiões, como São Paulo, também estão com problemas com queimada. É um período seco, de pouca chuva, ventos fortes, tudo isso converge”, disse Salles.

O ministro do Meio Ambiente também defendeu o emprego de um produto com efeito retardante sobre o fogo, que seria misturado à água despejada pelos aviões usados no combate aos incêndios.

Salles relatou que o governo federal iniciou apoio “mais intenso” aos Estados do Pantanal, com o envio pela pasta de cinco aeronaves, 80 viaturas e 400 brigadistas a Mato Grosso.

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