Rejeitados por Bolsonaro, Cuba, China, Venezuela e Irã importam mais do Brasil

No ano anterior, os países ‘desafetos’ do presidente tiveram relevância para a balança comercial ao liderarem as compras de arroz, soja e milho impulsionando o agronegócio nacional a ponto de desabastecer o mercado interno

Os países mais rejeitados por Jair Bolsonaro tiveram grande importância para o agronegócio brasileiro no ano passado, com vários produtos saídos das lavouras e das pastagens nacionais que foram destinados ao Irã, à Venezuela, à Cuba e à China, diz Mauro Zafalon – formado em jornalismo e ciências sociais, com MBA em derivativos na USP, que assina a coluna O Vai Vem das Commodities no jornal Folha de São Paulo.

Graças aos venezuelanos e cubanos, os gaúchos puderam receber preços recordes pelo arroz no ano passado. Os países de Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel pagaram um valor bem acima dos US$ 73 milhões dos três anos imediatamente anteriores.

Somente a Venezuela adquiriu 350 mil toneladas do cereal, base casca, no ano passado, o que representou 19% de toda a venda brasileira ao exterior. Já os cubanos adquiriram 89 mil toneladas, no valor de US$ 27 milhões. Em 2019, as importações haviam somado US$ 12 milhões com a compra desse cereal.

A China liderou as compras de soja. Foram 61 milhões de toneladas da oleaginosa, 5% mais do que em 2019. Já o Irã reduziu as compras de milho em 19% no ano passado, adquirindo apenas 4,4 milhões de toneladas do cereal. Mesmo assim, manteve a liderança nas compras.

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