Movimentos pela proteção da Amazônia deverão ganhar dimensão inédita nos próximos meses, alimentada pela insistência do presidente brasileiro em avançar com o desmonte da política ambiental
Enquanto a campanha pelo impeachment deve perder fôlego com o aproximar das eleições, a campanha internacional pela proteção da Amazônia deve ganhar uma dimensão inédita nos próximos meses, alimentada pela insistência do governo Bolsonaro em avançar com o desmonte da política ambiental, por fenômenos como as queimadas, e a eventos diplomáticos como a COP26, aponta o pesquisador Mathias Alencastro, na Folha.
Na semana passada, o editorial do Financial Times exigiu uma punição aos crimes ambientais perpetuados pelo seu governo, e o ducentenário The Guardian alertou para uma mudança de paradigma na dinâmica das emissões de carbono da floresta amazônica.
Estimulada pelo trauma das enchentes na Bélgica e na Alemanha, a União Europeia vai acentuar a pressão contra o governo brasileiro, e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil está formalizando uma nova denúncia contra Bolsonaro em Haia.
Bolsonaro tem o mérito involuntário de, por meio de sua atitude criminosa, colocar o meio ambiente no centro das relações internacionais brasileiras.
Em plena revolução climática, talvez tenha chegado a hora de apostar ainda mais na internacionalização da luta contra o seu governo.
A sua destituição deve ser sempre exigida.
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