Os recentes ataques do Gal. Heleno ao Congresso Nacional já rendem-lhe um pedido de apuração e aplicação de sanções. Ou seja: impeachment. A Bancada do PT na Câmara protocolou nesta terça (3) representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) em ação assinada pelo líder da Bancada na Câmara, Enio Verri (PR), a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR) e os outros 51 deputados e deputadas do partido que qualificaram as declarações proferidas dia 18 de fevereiro pelo general como “graves e estapafúrdias”.
Segundo os petistas, são testemunhas da fala do general Heleno o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.
O general disse: “Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”.
O PT disse que a fala “é repugnante e vil, incita a violência, estimula atos hostis contra o Congresso, defende o fechamento da Casa e a instituição de um novo AI-5, o que aponta para “crime de responsabilidade” além de ferir o espírito republicano insculpido na Carta Magna quanto à independência e harmonia entre os Poderes.
De acordo com os deputados do PT, um ministro de Estado deve se “abster de adotar posturas belicosas, agressivas e em franco desrespeito aos demais Poderes e à ordem constitucional, pois vulnera a dignidade, a honra e a probidade (decoro) do cargo”.
“Insurgindo-se contra um dos poderes da República, propalando, de igual forma, que outros o façam, comete o ministro, por suas declarações e atos, crime de responsabilidade”, observa a Bancada do PT enfatizando que sua fala é “incompatível com o decoro, consubstanciado na grave conduta de extorsão contra o Poder Executivo ou suas autoridades”.
Com informações de agências*
