O bolsonarista enfrenta um PAD na PF e é acusado de omissão no ‘8 de Janeiro’, bloqueios da PRF para prejudicar Lula no segundo turno de 2022 e participar da ‘minuta do golpe‘
A Polícia Federal esteve na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, além de ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, na sexta-feira (22/9) e recolheu todos os armamentos que encontraram por lá, além de cassar a permissão para porte dos mesmos.
O bolsonarista responde por suspeita de conivência e omissão com os atos de 8 de janeiro em Brasília (DF), quando ainda atuava na capital do Brasil, o que o levou a prisão de quatro meses, entre janeiro e maio.
Torres também enfrenta um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) interno da PF, que apura ilegalidades cometidas por servidores públicos, além de cumprir uma série de medidas para responder em liberdade provisória, informa o ‘UOL‘.
As acusações contra Anderson Torres são:
Omissão e conivência nos ataques de 8 de janeiro: na época, Anderson Torres era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Porém, no dia dos ataques, ele estava nos Estados Unidos. Ele é acusado de não ter preparado um esquema eficaz de segurança aos prédios públicos. Esse foi o motivo, inclusive, da prisão de Torres.
Bloqueios da PRF (Polícia Rodoviária Federal) no 2º turno das eleições de 2022: no dia da eleição, agentes da PRF fizeram vários bloqueios em estradas do Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha recebido mais votos que o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Torres, à época ministro da Justiça, é investigado por incitar a PRF a fazer esses bloqueios, mesmo com ordem contrária do Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
Minuta golpista: a Polícia Federal achou na casa de Anderson Torres uma minuta de um decreto presidencial que determinava a instauração de um estado de defesa para mudar o resultado da eleição. A medida daria poderes para Bolsonaro interferir no TSE. A medida é inconstitucional;