O advogado Cristiano Zanin Martins, indicado ao STF pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em foto de Lula Marques/PT | Ao fundo, a composição do Senado Federal tem o PL como a maior bancada, com 14 senadores. Os demais são PSD, com 11; MDB e União Brasil, com 10 cada um; PT, com 9; Podemos, 6; PP, 6; PSDB, 4; PDT, 3; Republicanos, 3; e os demais com 1 cada, Cidadania, Pros, PSB, PSC e Rede | Sobreposição de Imagens
Para André Janones, ex-presidente será preso e o partido expulsará radicais, voltando a pautar os interesses do Brasil
“Quero aqui manifestar publicamente meus agradecimentos ao presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, por liberar a bancada do partido no senado para apoiar a indicação do Dr Cristiano Zanin ao STF“. afirmou no ‘Twitter‘ o deputado federal André Janones (Avante-MG).
De acordo com Malu Gaspar, no ‘Globo‘, a legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro não irá se opor formalmente à indicação do advogado do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com a decisão da cúpula, os onze senadores da sigla poderão votar tanto a favor quanto contra Zanin.
A indicação tende a ser aprovada pelo Senado. A liberação da bancada contrasta com a posição do partido em outras agendas prioritárias do governo Lula pautadas no Congresso, como a medida provisória da Esplanada dos Ministérios e o projeto de lei das fake news, nas quais o PL fechou questão contra.
O partido já sinalizou que os parlamentares “rebeldes” terão suspensos seus direitos partidários, como participação em comissões na Câmara, como mostrou o colunista Lauro Jardim.
A votação no plenário do Senado, que está prevista para acontecer até o final de junho. Além disso, o próprio Valdemar Costa Neto já teceu elogios a Zanin nos bastidores.
A atuação de Zanin impôs à Lava-Jato sua mais dura derrota, quando o STF decretou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos casos que condenaram Lula. Assim, foi responsável pela tese que reabilitou o estadista politicamente e abriu caminho para que ele disputasse a eleição, retornando ao Palácio do Planalto para um terceiro mandato.
Na última segunda-feira, Valdemar Costa Neto declarou que Moro e Deltan Dallagnol “pagarão caro” por terem “ultrapassado os limites da lei” na força-tarefa em Curitiba.
Após a publicação no jornalão, Janones pontuou na rede social que com essa “essa sinalização de distanciamento de Bolsonaro e seus asseclas radicais, a ala majoritária do partido mostra compromisso com o Brasil“.
Por fim, o parlamentar espera que “tão logo o ex-presidente seja preso, o partido expulse os radicais e volte a se pautar pelos interesses do país, como no caso da indicação do Dr. Cristiano Zanin“.