Datafolha deste sábado revela inversão do índice da população que antes, sendo maioria, era contrária ao processo de afastamento do Presidente da República
O impeachment do Presidente Jair Bolsonaro já é desejado pela maioria dos brasileiros, revelou o Datafolha deste sábado (15), apontando que ocorreu, pela primeira vez, uma inversão do índice da população que antes era contrária ao processo de afastamento. A pesquisa mostrou que 49% dos entrevistados são favoráveis ao impeachment do chefe do Executivo contra 46% que defendem sua permanência no cargo.
Foram entrevistadas, presencialmente 2.071 pessoas em todo o Brasil entre terça-feira (11) e quarta-feira (12) pelo instituto Datafolha, que garantiu uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
49% (maio) A FAVOR DO IMPEACHMENT / 46% (março) | 46% (maio) CONTRA O IMPEACHMENT / 50% (março) |
72% eleitores de Lula | 52% homens do Sul do Brasil |
62% desempregados em busca de emprego | 56% assalariados registrados |
60% têm muito medo do coronavírus | 57% evangélicos |
57% jovens entre 16 e 24 anos | 60% não têm medo do coronavírus |
O levantamento foi divulgado na mesma semana em que a avaliação do governo do presidente atingiu a pior marca desde o início do mandato, segundo pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quarta-feira (12).
O percentual dos que consideram a gestão ótima ou boa caiu de 30% em março, quando foi feito o levantamento anterior, para 24%.
O índice dos consideram o governo ruim ou péssimo era 44% e agora soma 45% na pesquisa realizada entre esta terça-feira e esta quarta-feira, com 2.071 entrevistas presenciais em 146 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A avaliação de ótimo ou bom do Bolsonaro é maior entre os homens (29%) do que entre as mulheres (21%). Entre pessoas com 16 a 24 anos, apenas 13% acham a gestão ótima ou boa. O maior índice de aprovação está entre quem têm 60 anos ou mais (29%).
Já a classificação por escolaridade demonstra impopularidade maior entre os que estudaram mais. Enquanto entre os brasileiros com ensino superior, a taxa de ruim ou péssimo chega a 57%. O percentual despenca para 40% entre as pessoas que têm só o ensino fundamental.
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