“Passarinho cantou e Xandão já tem o que queria”: termo viraliza nas redes sociais após soltura de Anderson Torres

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal depôs na segunda-feira, respondeu a todas as perguntas e a ordem inesperada pode sugerir que ocorreu delação premiada

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, foi libertado na tarde desta quinta-feira (11/5), por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, após prisão preventiva que durou quase quatro meses, por suposta omissão durante os atos terroristas de 8 de janeiro.

Nas redes sociais, o termo “passarinho cantou” é um dos mais comentados, sendo associado ao bolsonarista, que depôs à Polícia Federal na segunda-feira (8/5) e respondeu a todas as perguntas que lhe foram feitas.

Contudo, a libertação ocorre em meio a rumores de delação premiada do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que contratou um advogado especializado no tema da colaboração com o Estado.

O jornalista Claudio Dantas escreveu em sua conta na plataforma que “não há na decisão de Moraes qualquer fato novo jurídico que justifique sua mudança de posição” e que “a manifestação da PGR a favor da libertação de Torres foi feita em pedido anterior da defesa e” havia sido “negado pelo ministro“.

O ex-secretário terá que usar tornozeleira eletrônica e não poderá deixar o Distrito Federal, perderá o cargo de delegado na PF e deverá se apresentar semanalmente à Justiça.

Todo o conjunto pode sugerir, conforme afirmou um perfil, que, de fato, “o passarinho cantou” e que “Xandão já tem o que queria“.

Moraes determinou as seguintes medidas cautelares: uso de tornozeleira eletrônica; proibição de deixar o Distrito Federal e de sair de casa à noite e nos fins de semana; afastamento temporário do cargo de delegado de Polícia Federal; comparecimento semanal na Justiça; entrega do passaporte à Justiça e cancelamentos de todos os passaportes já emitidos para Torres ; suspensão de porte de armas de fogo, inclusive funcionais; proibição de uso de redes sociais; e proibição de comunicação com os demais investigados no caso.

As razões para a manutenção da medida cautelar extrema em relação a Anderson Gustavo Torres cessaram, pois a necessária compatibilização entre a Justiça Penal e o direito de liberdade demonstra que a eficácia da prisão preventiva já alcançou sua finalidade, com a efetiva realização de novas diligências policiais, que encontravam-se pendentes em 20/4/2023“, escreveu o ministro Alexandre de Moraes, em sua decisão, conforme transcrito do ‘g1‘.

 

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