“Picanha do Mito”, produzida pelo Frigorífico Goiás, tem embalagem com caricatura do presidente e o seu lema de campanha: “Brasil acima de todos, Deus acima de tudo.” / A imagem viralizou em maio deste ano, quando Bolsonaro organizou um churrasco no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, para celebrar o Dia das Mães. Foram foram servidos pedaços de picanha que custam R$ 1.799 por quilo | Crédito da Foto (Churrasco do Tchê – Facebook)
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Mesmo entre apoiadores do governo, prevalece a opinião negativa. Para 31%, a economia melhorou, para 36%, piorou. Para 32%, ficou como estava
Para 69% dos brasileiros, a situação econômica do país piorou sob o governo Bolsonaro, nos últimos meses, revela a pesquisa Datafolha realizada de 13 a 15 de setembro e divulgada na Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (20), também apontando que 39% estão pessimistas quanto ao futuro. Mesmo entre apoiadores do governo, prevalesce a opinião negativa. Para 31%, a economia melhorou, para 36%, piorou. Para 32%, ficou como estava.
De acordo com os redatores, o número revelado pelo questionário aos brasileiros está próximo dos maiores patamares já registrados nos levantamentos em que esse questionamento foi feito, durante governos anteriores. Em 2019, esta pergunta gerou o resultado em torno de 35%, quase a metade.
Segundo as especificações do Datafolha, a situação econômica do país piorou para 74% das mulheres e 62% dos homens; para cerca de 70% das pessoas de 16 a 44 anos e de 65% dos entrevistados acima dessa faixa etária; 62% dos evangélicos e 71% dos católicos.
A avaliação da piora na economia cai conforme aumenta a renda do entrevistado. É de 70% na faixa até dois salários mínimos e de 62% naquela acima de dez mínimos, por exemplo.
Na escolaridade ocorre o oposto: 64% das pessoas com ensino fundamental e 74% das que têm ensino superior dizem que a economia piorou.
Por região, a avaliação negativa sobre a economia fica em 70% no Sudeste e Nordeste e em 65% nas demais regiões.
Por ocupação, destaca-se o índice elevado entre assalariados sem registro (77%) e estudantes (74%) e menor entre empresários (54%).
Para 39%, a economia vai piorar.