O Globo: prisão de Queiroz fez Bolsonaro se comportar: ‘um período de rara calmaria’

Et Urbs Magna – Editorial do Globo deste sábado (27) diz que Bolsonaro está mais comportado após prisão de Queiroz e o período é de rara calmaria.

A matéria diz que suas oscilações de humor político, com ameaças às instituições e ao jornalismo profissional, foram interrompidas e são explicadas pelos últimos acontecimentos envolvendo o ex-assessor de seu filho, fato que acarretou no enquadramento de Bolsonaro em padrões condizentes com o cargo.

O jornal diz ainda que a calmaria tem como aditivo o fato de que Heleno, Ministro-Chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), prestou testemunho à Polícia Federal, no inquérito sobre a saída do ministro Sergio Moro do governo, em que ficou claro que Bolsonaro estava se referindo mesmo à sua intenção de interferir na PF para proteger a “família e amigos”.

Outro fato ocorrido na quinta-feira que foi relatado no Editorial com foco na mundança comportamental do presidente Na presença do presidente do STF, Dias Toffoli, Bolsonaro enalteceu o “entendimento” entre ele, o ministro do Supremo e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, como prenúncio de “dias melhores” para o país, durante solenidade no Planalto em que se formalizou um acordo entre governo federal e Judiciário para integrar bases de dados sobre a Constituição, leis ordinárias e jurisprudências.

A saída de Weintraub do MEC é apontada como causa mais profunda para a “redução da voltagem presidencial”, uma vez que ele seu militante de extrema direita e ocupava o posto apenas para travar a “guerra cultural” contra a esquerda.

Além deste fato, seu substituto no Ministério da Educação, o professor Carlos Alberto Decotelli da Silva, disse, com suas próprias palavras, que “nem tem preparação para fazer discussão ideológica”, o que gerou uma derrota do chamado grupo ideológico.

Há ainda a decisão do General Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, passar para a reserva, o que é visto como prenúncio desta calmaria na democracia, porque “um general não faz rima com um cargo que trata de negociações políticas, por mais competente que ele seja“, escreveu o jornal.

“A prisão de Queiroz pode ter ajudado Bolsonaro a entender que prejudica a si mesmo tentar governar como se tivesse um impossível poder absoluto. Causar danos à estabilidade institucional também o afeta”, pontuou O Globo.

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