Jornal mostra que a contribuição do ex-presidente no combate à pobreza e à desigualdade é “citada dentro e fora do Brasil como exemplo de política social bem-sucedida”
O jornal O Globo, que ajudou a produzir o presidente Jair Bolsonaro com o apoio à Lava Jato liderada pelo ex-juiz parcial Sergio Moro, publica editorial defendendo o aclamado programa Bolsa Família, dos governos do Partido dos Trabalhadores, sob as gestões de LULA e Dilma.
A mídia responsável por matérias tendenciosas na conhecida trama que envolveu parte da política e da Justiça agora mostra que o programa pertencente à Senarc (Secretaria Nacional de Renda de Cidadania), que muito contribuiu para o combate à pobreza e à desigualdade, é “citado dentro e fora do Brasil como exemplo de política social bem-sucedida”.
É “extremamente preocupante a deterioração da qualidade dessa política pública exitosa desde que foi transformada no Auxílio Brasil, o programa eleitoreiro criado pelo presidente Jair Bolsonaro para chamar de seu e ostentar nos palanques”, diz a matéria.
“O desmonte se acentuou a partir da pandemia. Como o auxílio emergencial distribuído em 2020 e 2021 destinava-se a parcela maior da população, o coronavírus serviu de pretexto para a suspensão da cobrança de contrapartidas daqueles que recebiam o Bolsa Família“, segue a publiação.
“Ao mesmo tempo, criou-se uma pressão maior no caixa do Tesouro. Para o lançamento do Auxílio Brasil, com valor estipulado em R$ 400 sem nenhum tipo de critério ou embasamento técnico, o custo do programa passou a cerca de 1% do PIB, sem que houvesse ganho correspondente na eficácia. Eis uma das razões para a ruptura do teto de gastos no Orçamento deste ano”, destacam os editores.
“Ainda mais preocupante que o impacto fiscal, ao menos pode-se argumentar que esse dinheiro é destinado a sanar um dos maiores flagelos nacionais, foi a perda de foco do programa“, observa O Globo.
“Não há distinção entre os beneficiários, não se sabe se Bolsonaro restabelecerá a cobrança de contrapartidas e, para piorar, o Cadastro Único de quem recebe o benefício não vem sendo atualizado como deveria pelas prefeituras. Um governo sustentado pelo Centrão por certo não fará a cobrança para que seja”, diz o texto.
“O relaxamento na administração do Auxílio Brasil resulta em perda de foco na distribuição dos recursos e o rebaixa à condição de um plano assistencial meramente populista, contrário aos interesses do contribuinte. Ele deixou de ser um programa de Estado para se converter apenas em trunfo eleitoreiro”, pontua o jornal.
Bozonaro é igual a uma nuvem de gafanhotos que depois que passa só resta destruição. Lamentável essa parte da história do Brasil.