Nosso vizinho vai vender maconha. Uruguai taxa o grama a US$2,5

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Quem viajar para o Uruguai agora poderá encontrar uma das drogas mais tradicionais do mundo à venda nas farmácias do país após aprovação da lei que regulamenta a produção e o comércio da erva que, de acordo com Julio Calzada, diretor da Junta Nacional de Drogas, terá seu grama vendido a US$2,50, fixado conforme o mercado negro de modo a não permitir desvios de um mercado ao outro.

O projeto de lei, de autoria do Executivo, foi lançado em junho de 2012 como parte de uma série de medidas para combater o aumento da violência e estipula que o Estado assuma o controle e a regulação da importação, do plantio, do cultivo, da colheita, da produção, da aquisição, do armazenamento, da comercialização e da distribuição de maconha e seus derivados.

Pela proposta, maiores de 18 anos poderão adquirir até 40 gramas mensais de maconha em farmácias. Também estará permitido o plantio de até seis mudas para consumo próprio. “Esse projeto busca regular um mercado que hoje está totalmente controlado pelo narcotráfico”, explicou Julio Calzada. Segundo ele, 120 mil uruguaios trabalham no setor.

O diretor da Junta Nacional de Drogas também destacou a preocupação do governo em não gerar um “turismo da cannabis”. “Há um compromisso para que nossas políticas soberanas não impactem negativamente em países vizinhos”, afirmou. Para impedir tal fenômeno, haverá um cadastro de maconheiros (usuários), feito com base em dados residenciais. Após se registrar, o usuário poderá comprar até 40 gramas de maconha por mês em farmácias, mas também será permitido o cultivo próprio e em clubes de membros.

O presidente do Uruguai disse que se a iéia fugir ao controle, poderá voltar atrás
O presidente do Uruguai disse que se a iéia fugir ao controle, poderá voltar atrás

Ontem, o presidente José Mujica disse estar disposto a submeter a nova lei a um referendo. “Estão impulsionando (na oposição) um referendo, e espero que o façam, pois é preciso debater tudo isso”, disse, em entrevista ao jornal “La República”. Pesquisas indicam que 63% dos uruguaios são contra a regulação:

“Esta é uma experiência e como toda experiência, naturalmente há um risco e temos que ter a inteligência de, se passar por cima de nós, voltarmos atrás. Não temos que nos fanatizar. Nós temos que pedir ajuda à comunidade internacional. Nossos vizinhos Argentina e Brasil devem estar preocupados com nosso projeto mas também devem vê-lo com avidez, pois o motivo não é uma liberalização total da maconha, mas que seja controlada pelo Estado, e o governo planeja endurecer as penas de prisão para aqueles que cultivarem maconha sem serem registrados. Se não estiver registrado, vamos ter que endurecer as penas.” disse o presidente.

Como resultado da iniciativa do Uruguai, empresas e cidadãos de todo o mundo estão dispostas a investir legalmente em drogas no país vizinho. “Várias companhias e profissionais estrangeiros, procedentes de Espanha, Holanda,Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Israel, mostraram interesse em produzir maconha no país se o Senado ratificar a legalização dessa droga”, informou nesta terça-feira uma fonte oficial.

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