Não há risco LULA e Bolsonaro não terá apoio em atos antidemocráticos, avalia Eurasia Group

O presidente Jair Bolsonaro, em foto de Sérgio Lima / AFP, e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio LULA da Silva | Sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

“As instituições estão consolidadas e fortes. O judiciário, os governadores, o Congresso e a mídia são independentes e impedirão um esforço desonesto para derrubar um resultado eleitoral”

Piora na economia terá impacto na popularidade do presidente Jair Bolsonaro (PL), consolidando o ex-presidente Luiz Inácio LULA da Silva (PT) o favorito para vencer a eleição presidencial deste ano, avaliam os analistas Ian Bremmer e Cliff Kupchan, da consultoria Eurasia Group, que veem exagero nas preocupações de que a democracia no Brasil esteja em risco, conforme divulgado em matéria da jornalista Suzi Katzumata, no Valor Investe.

Eles argumentam que “a expectativa de uma vitória de LULA desestabilizará os mercados, dadas suas promessas de maiores gastos do Estado, e um Bolsonaro desesperado desafiará a legitimidade das instituições democráticas do Brasil”, conforme têm alertado diversos jornalistas, como Míriam Leitão e Jânio de Freitas, mas, por exemplo, “os militares não seguirão nenhuma tentativa de desafiar os resultados das eleições, e o Supremo Tribunal Federal tomou medidas para cortar o financiamento de grupos online pró-Bolsonaro que alimentaram mobilizações anteriores”.

Bremmer e Kupchan afirmaram que “as instituições democráticas do Brasil estão consolidadas e fortes. O judiciário, os governadores, o Congresso e a mídia são independentes e impedirão um esforço desonesto para derrubar um resultado eleitoral”.

Os membros do Eurasia Group ainda avaliaram que Geraldo Alckmin como vice é indicação de que a gestão econômica será pragmática.

LULA terá que cumprir promessas de mais gastos, mas vai compensar com impostos mais altos e uma nova regra fiscal. Dadas as dívidas e a carga tributária muito altas, isso não é uma boa notícia”, afirmaram Bremmer e Kupchan.

O resultado é um crescimento sem brilho e um terceiro mandato muito difícil. Mas o país não está caminhando para um colapso político ou econômico”, pontuaram.

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