Moraes manda buscar Allan dos Santos nos EUA para a prisão e bloqueia redes sociais, contas bancárias e repasses de verba

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, e o blogueiro bolsonarista, Allan dos Santos, | Sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

O blogueiro é uma das 66 pessoas que tiveram o pedido de indiciamento incluído no relatório final da CPI, apresentado na última terça-feira. Ele foi enquadrado no artigo 286 do Código Penal, acusado de incitação ao crime por disseminação de fake news

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos bem como ordenou que o Ministério da Justiça inicie processo de extradição dos EUA para a o Brasil.

O magistrado também despachou pedido de bloqueio de todas as redes sociais, contas bancárias e repasses de verba do investigado, que é uma das 66 pessoas que tiveram o pedido de indiciamento incluído no relatório final da CPI, tendo sido enquadrado no artigo 286 do Código Penal, acusado de incitação ao crime por disseminação de fake news.

Moraes ordenou ainda que a Polícia Federal inclua o mandado de prisão na lista da Difusão Vermelha da Interpol, para garantir que Santos seja capturado e retorne ao Brasil.

Também foi acionada a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

Também ficam proibidos os repasses de dinheiro das plataformas para os canais e contas, a chamada monetização.

O STF autorizou ainda as quebras do sigilo sobre as transações financeiras e dos dados de mensagens e e-mails desde janeiro de 2020, como requerido pela Procuradoria-Geral da República.

Ficam vedadas ainda remessa de dinheiro dele para o exterior e repasse de verba pública.

Allan dos Santos é um dos aliados mais próximos da família Bolsonaro. 

Ele é investigado no Supremo em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e também no que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no país.

Após a divulgação da informação da ordem de prisão de Allan dos Santos, o relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), publicou em uma rede social mensagem de apoio à decisão.

O blogueiro é uma das 66 pessoas que tiveram o pedido de indiciamento incluído no relatório final da CPI, apresentado na última terça-feira.

Ele foi enquadrado no artigo 286 do Código Penal, acusado de incitação ao crime por disseminação de fake news.

Segundo Moraes, “a Polícia Federal apresentou indícios fortes, plausíveis e razoáveis da vinculação do representado Allan Lopes dos Santos à prática de diversos crimes”.

O ministro afirma que Allan dos Santos é um dos líderes do grupo criminoso responsável por atacar integrantes das instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral, reforçar o discurso de polarização e gerar animosidade na sociedade brasileira.

Allan dos Santos, segundo o ministro, montou uma “verdadeira estrutura destinada à propagação de ataques” contra o STF, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Senado Federal, com foco voltado contra a CPI da Pandemia.

O ministro aponta que Allan dos Santos é suspeito de cometer crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Moraes afirma que é importante destacar que as “condutas criminosas” de Allan dos Santos têm a intenção de “fazer dinheiro”. Ele diz que, apesar das medidas cautelares impostas anteriormente, o extremista ampliou o protagonismo na organização criminosa da qual faz parte.

O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid que incluiu no relatório final da investigação no Senado sobre os crimes do governo Bolsonaro durante a pandemia, se manifestou em apoio à decisão do ministro do STF:

Apoiamos a prisão e a extradição do Allan dos Santos determinada pelo ministro Alexandre de Moraes. É a primeira prisão de um dos indiciados da CPI. Fake News, como sustentamos no relatório, também matou muitos brasileiros“, escreveu o senador.

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