“Decisão foi corretíssima” e “não só reconheceu” a “imprestável delação de Joesley Batista, da JBS“, diz advogado de defesa do ex-ministro da Fazenda da gestão anterior do Presidente Lula
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, seu filho, Leonardo Mantega, e o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, foram absolvidos por falta de provas e o processo da acusação de formação de quadrilha, corrupção, gestão fraudulenta, prevaricação financeira e lavagem de dinheiro, no âmbito da ação penal da Operação Bullish.
O processo foi encerrado pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que afirmou: “Não se encontra nos autos prova alguma que ampare a narrativa ministerial“, escreveu o juiz federal, acrescentando que a denúncia foi baseada “unicamente” nas declarações “genéricas e vazias” prestadas pelo empresário Joesley Batista, da JBS, em sua delação premiada, após o MPF (Ministério Público Federal) acusar Mantega de supostamente influenciar o então presidente do BNDES a fazer operações financeiras para favorecer o grupo em troca de propinas.
Guido Mantega foi ministro do Planejamento, da Fazenda e também comandou o banco público, ao longo dos dois primeiros mandatos do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O advogado do ex-presidente da entidade financeira, Aloísio Lacerda Medeiros, disse que “essa decisão põe fim à injusta acusação de que na gestão de Luciano Coutinho na presidência do BNDES existiria uma ‘caixa preta’ voltada, inclusive, para beneficiar o Grupo JBS de Joesley Batista“.
Segundo o advogado, “isso foi fortemente sustentado pelo ex-presidente Bolsonaro que durante o seu governo sempre sustentou essa leviandade que hoje foi amplamente desmascarada pela irrepreensível sentença da Justiça Federal do Distrito Federal que afastou todas as absurdas imputações do Ministério Público Federal“, disse Medeiros, segundo transcrição no Blog do Fausto Macedo.
Quanto a Fabio Tofic Simantob, que representa Guido Mantega, o advogado afirmou que “a decisão foi corretíssima” e que “não só reconheceu ser imprestável a delação de Joesley Batista, como afastou completamente as descabidas suspeitas em torno da escorreita atuação do BNDES, atestando, ainda, a regularidade das condutas atribuídas a Guido Mantega à frente daquela instituição e do Ministério da Fazenda“.
Simantob acrescentou que “a decisão, ainda, reparou enorme injustiça feita a Leonardo Mantega, reconhecendo a licitude de investimento feito na empresa em que trabalhava e que nenhuma relação tinha com a função pública de seu pai“.