Lula quer inclusão do caso de Do Val em ação de investigação contra Bolsonaro

Conforme disseram advogados da Coligação Brasil da Esperança, as revelações do senador reforçam a evidência dos abusos” o ex-presidente

A Coligação Brasil da Esperança, do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que une as Executivas Nacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB), quer incluir o episódio envolvendo a reunião relatada pelo senador Marcos do Val (PodemosES) na ação de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) apura o envolvimento do ex-presidente e alguns de seus aliados na tentativa de violar o andamento do processo eleitoral realizado em 2022, além de deturpar a legitimidade do resultado das urnas.

Na petição anexada ao processo, nesta segunda-feira (6/2), a defesa de Lula pede que Bolsonaro deponha sobre o teor da reunião com o senador, informa o UOL. Conforme os advogados da coligação, as revelações de Do Val reforçam a evidência dos abusos” de Jair Bolsonaro descritas na ação.

Por meio das redes sociais, o parlamentar indicou nos últimos dias 1 e 2 de fevereiro que teria sido convidado pelo ex-deputado Daniel Silveira, a mando de Bolsonaro, para empreender um plano golpista que consistia em gravar uma conversa com o presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes.

O episódio, segundo a equipe de Lula, aponta que o ex-presidente “empregou atos para perturbar a normalidade das eleições, de uma perspectiva de ‘guerra de narrativas’, com o objetivo de convencer a população de que o sistema eleitoral foi fraudado“.

Além disso, a defesa do Presidente do Brasil acrescentou na ação um pedido para que Jair Bolsonaro explique se obteve acesso ao relatório da CGU (Controladoria-Geral da União) atestando a segurança das urnas eletrônicas.

Os advogados de Lula questionam o motivo de Bolsonaro não ter divulgado o conteúdo, uma vez que nele foi constatado que não houve indício algum de fraude nas urnas.

A par de tal informação, Jair Messias Bolsonaro haveria ‘engavetado’ o documento [da CGU]. (…) Assim, é de suma importância que se obtenha acesso à íntegra do respectivo documento, de modo a identificar se o investigado teve acesso ao mencionado relatório técnico desde 1/12/2022 e, mesmo assim, com o objetivo de vilipendiar a normalidade das eleições, optou por continuar empreendendo o discurso de fraude nas urnas“, diz a defesa no texto.

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