LULA lamenta morte de Monarco e se solidariza com familiares e com a Portela

O ex-presidente Lula e, ao fundo, Hildemar Diniz, o Monarco- cantor e compositor, baluarte e presidente de honra da Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela – escola de samba do Rio de Janeiro, que é a maior campeã do carnaval, com 22 títulos. Monarco faleceu neste sábado (11/12) após cirurgia no intestino. Na foto, ele aparece ao lado de Dudu Nobre, em imagem postada no Instagram do artista / imagem reprodução Instagram Dudu Nobre | Sobreposição de imagens


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A voz do samba. Com sua poesia, ele iluminou a música e a cultura brasileira e jamais será esquecido“, afirmou o ex-presidente em rede social oficial

É com profundo pesar que recebo a notícia da morte do mestre Monarco, a voz do samba“, escreveu o ex-presidente LULA em seu perfil oficial no microblog Twitter, na manhã deste domingo (12/12).

Monarco [Hildemar Diniz], faleceu aos 88 anos, após uma cirurgia no intestino, conforme informado pela Portela [Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela] – escola de samba da cidade do Rio de Janeiro, situada no bairro Oswaldo Cruz, para onde o compositor se mudou aos 10 anos de idade e, precocemente, aos 17 foi convidado pela agremiação para integrar a ala de compositores.

O ex-presidente LULA acrescentou, em sua mensagem de pesar, que Monarco, “com sua poesia, ele iluminou a música e a cultura brasileira e jamais será esquecido“.

Meus sentimentos e minha solidariedade aos familiares e a todos os amigos da Portela“, pontuou LULA.

Monarco nasceu no bairro Cavalcante, foi morar em Nova Iguaçu, mas aos 10 anos mudou-se para Oswaldo Cruz, onde, em 1923, sua escola de samba foi fundada oficialmente, ainda como um bloco carnavalesco denominado Conjunto Oswaldo Cruz, e que, mais tarde, passaria a se chamar Portela.

Conta-se que durante sua pré-adolescência Monarco já compunha sambas e, aos 17 anos, ele foi convidado a ser o mais novo compositor da referida ala na escola, onde também foi diretor de harmonia.

Apesar de nunca ter conquistado disputa de samba-enredo Monarco consagrou-se com os chamados sambas “de terreiro” ou “sambas de quadra”, que são executados nos ensaios da escola.

Monarco lançou disco solo em 1976. O Quitandeiro e Lenço foram as músicas mais marcantes. Em 1995, o compositor lança o CD A Voz do Samba no Japão.

O artista, junto com a Velha Guarda da Portela, na qual era o representante, ainda teve participação em um CD [Tudo Azul] com a cantora Marisa Monte, que também contou com participação de Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho.

Monarco também participou de um documentário, Mistério do Samba, dirigido pelos cineastas Lula Buarque de Hollanda e Carolina Jabor, também produzido por Marisa Monte, no qual o sambista fez relatos de sua vida e da história do samba no Rio de Janeiro.

Em 2010, Monarco gravou seu primeiro DVD – Monarco: A Memória do Samba – no dia 28 de setembro, no Teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro, ao lado de Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Velha Guarda da Portela e Família Diniz, sob a direção artística de seu filho, Mauro Diniz e da saudosa Beth Carvalho.

Em 2015, o álbum Passado de Glória – Monarco 80 anos foi premiado no 26.º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Álbum de Samba.

Em 2019, outro álbum, o De Todos os Tempos, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode.

O sambista estava internado no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, bairro do Rio de Janeiro.

Relembre momentos de Monarco, durante a gravação de seu DVD, há mais de 10 anos:

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