Lewandowski manda PGR examinar caso da extorsão de aliados de Moro contra Tacla Duran

O advogado disse em depoimento que recebeu uma tentativa de extorsão para não ser preso durante desdobramentos da Operação Lava Jato

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, determinou nesta quarta-feira (29/3) que as acusações realizadas pelo advogado que trabalhou para a empreiteira Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) sejam encaminhadas à PGR (Procuradoria-Geral da República) para manifestação do órgão comandado por Augusto Aras.

Tacla Duran afirmou nesta segunda-feira (27/3), em depoimento ao novo juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Eduardo Fernando Appio, que recebeu uma tentativa de extorsão para não ser preso durante desdobramentos da Operação Lava Jato. Como Moro tem foro no STF, Lewandowski seguiu o rito da Corte e determinou a manifestação da PGR.

Como o caso se refere a fatos anteriores ao mandato, o procedimento deve ser remetido novamente à primeira instância, como dita a jurisprudência atual da Corte, conforme noticia o jornalista Robson Bonin, da coluna Radar, da Veja.

Tacla Duran disse que, em 2016, o advogado Carlos Zucolotto Júnior, sócio de Rosângela Moro, mulher do então juiz da Lava Jato, o procurou para exigir US$ 5 milhões em troca de benefícios num acordo de colaboração. Na conversa, que Duran guardou através de um print de tela, Zucolotto disse que acertaria os termos com DD (iniciais de Deltan Dallagnol).

A audiência foi imediatamente interrompida por Appio, assim que o advogado denunciou Sergio Moro e Deltan Dallagnol no envolvimento desse suposto caso de extorsão, que enviou o caso STF.

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