“Acabo de ser agredida pela Guarda Municipal do prefeito bolsonarista Sebastião Melo em Porto Alegre“, escreveu Laura Sito, na mensagem de um vídeo com imagens de uma confusão, compartilhado em seu Instagram – ASSISTA
“URGENTE | REPRESSÃO NA OCUPAÇÃO REISTENCIA POA“, destaca, em sua conta no Instagram, com letras garrafais, a deputada estadual Laura Sito (PT-RS), ao afirmar que foi “agredida pela Guarda Municipal do prefeito bolsonarista Sebastião Melo em Porto Alegre“.
“Levei tiro de bala de borracha e muito gás lacrimogêneo, enxergando somente por um olho“, completou, acrescentando ainda que “toda essa violência porque estava acompanhando uma luta por moradia popular“.
“Mais companheiros do movimento também foram e vamos denunciar essa violação de direitos humanos!“, prometeu.
“Estamos indo na delegacia!“, disse a parlamentar.
Assista:

Em outro vídeo, a deputada postou uma imagem de sua perna e afirmou que “militantes chegavam com água e comida para quem estava dentro da ocupação e foram impedidos de passar o cordão de isolamento, o que causou uma confusão e uma repressão desleal e ilegal da Guarda Municipal“.
“Eu estava no local acompanhando os fatos enquanto deputada e presidenta da comissão de direitos humanos da AL/RS para fiscalizar a atuação do estado e verificar o cumprimento de direitos básicos“, disse.
“Presenciamos a repressão e logo fui correndo intervir, quando pra minha surpresa tomei um jato de spray de pimenta a menos de dois metros de distância e foi dado um tiro também a queima roupa onde eu estava caminhando, o que causou as escoriações pelos estilhaços que vocês veem na foto“, acrescentou.
“Imediatamente fui à delegacia prestar ocorrência e levei junto Lucas Gertz Monteiro”, que é militante do Levante Popular da Juventude, Assistente Social formado pelo ProUni e foi diretor da UNE de 2019 a 2023, além de “Marcia Falcão, que também foram agredidos e fizemos o boletim e o corpo de delito. Já fui na UPA ver os ferimentos. As pernas estão doendo mas estou bem!“.
“Em poucos minutos uma corrente de solidariedade encheu a frente do palácio da polícia de militantes e me sinto muito honrada pelas palavras de carinho“, pontuou.
Em uma terceira postagem, Sito disse que cuidou das escoriações. “As pernas doem um pouco ainda, mas estou me recuperando, estou “bem” na medida do possível e pronta pra próxima. Com muita tristeza e indignação pela covardia policial, mas com o coração cheio de afeto pelas milhares de mensagens que estão chegando. Isso me emociona de verdade“.
“Lá estavam militantes sociais, junto a advogados, jornalistas, cinegrafistas, apoiadores, pessoas idosas…”, disse. “Importante salientar que eu estava no pleno exercício da minha atividade parlamentar, acompanhando a ocupação como presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da ALRS“, prosseguiu.
“A reintegração foi temporariamente suspensa até a reunião de segunda feira, mas Melo prometeu destinar a área para o interesse social e temos de seguir a mobilização para que essa conquista seja realmente efetivada. Todos que puderem se somar será muito importante“.