Há, de fato, uma BOLHA IMOBILIÁRIA no BRASIL. Melhor mesmo é esperar

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O site FIPE ZAP IMÓVEIS é bem transparente. Trata-se de um espelho das atividades imobiliárias, especialmente as de compra e venda, desde o ano de 2008, quando tiveram início as medições deste verdadeiro especulômetro on-line. De lá para cá, os preços praticados nas negociações, de acordo com o índice visualizado, tiveram um aumento médio de 201,3% para São Paulo e até 249,8% para o Rio de Janeiro. Numa pesquisa mais específica por bairro, observam-se aumentos ainda mais abusivamente absurdos, como o m² do Leblon que atingiu a marca de R$13.305,00 em janeiro de 2013. Ou seja, viver em um apartamento pequeno, de um quarto, com 30 m² custou, para os que o compraram, R$400.000,00. Para as pesquisas das demais cidades brasileiras, o índice FIPE ZAP apenas apresenta resultados parciais mais recentes. Ainda assim, é possível consultar o padrão médio do preço do imóvel por tipo e receber o valor por metro quadrado de cada um dos bairros mais importantes de um município pesquisado. Por exemplo, o último índice de março de 2014 pesquisado para o bairro do Batel em Curitiba aponta para o valor de R$6.689,00 por m², o que revela uma queda de 3,2% em relação ao mês anterior.

Vamos tomar como exemplo o município de Curitiba – Lá, desde janeiro, a relação R$ / m² vem caindo lentamente. Em março um imóvel no bairro do Batel tinha o metro quadrado avaliado em R$6.689,00 contra R$6.956,00 do mês de fevereiro. No Ecoville, em março aplicava-se R$6.262,00 contra R$6.342,00 em fevereiro. No Prado Velho em março R$5.988,00 contra R$6.164,00 em Fevereiro, e assim por diante em todos os bairros conforme disposto no FIPE ZAP. Parece pouco, mas não é. Isso já vem acontecento desde dezembro passado, quando as negociações entraram em reversão. Além de que o período de avaliação é muito pequeno e já apresenta uma boa amostra para uma futura previsão do mercado do setor. Em minha opinião haverá uma queda mais acentuada em breve, pois que as ações das construtoras estão na lona, negociando nos níveis mais baixos dos últimos quatro anos e não há alívio em vista. Fevereiro foi marcado por um  “blecaute de repasses” da Caixa, o que deixou muitas empresas sem capital de giro.

Sim, começou a retração da prática desta valorização provocada, que parecia que não teria mais fim. Nos últimos dois anos não se falava mais em outra coisa. Um imóvel era a forma mais segura de aplicar capital e ter lucro. Investidores compravam e aumentavam os preços espontaneamente em busca de famílias com um sonho de sair do aluguel, e apoiadas, em especial, pela Caixa Econômica Federal com seus financiamentos em até trinta anos. Cada prestação da “casa própria” poderia, meticulosamente, caber no bolso do cidadão sem, com isso, pesar no orçamento e provocar um naufrágio da equipe à bordo deste “barco dos sonhos” Sim, isso é especular baseado em sentimentos humanos. O Brasil com sua pobre população que, por fim, se vê prestes a possuir um canto para morar e chamar de seu. Ao menos à primeira impressão, uma vez que em um planejamento, principalmente de uma família brasileira da nova classe média, não se costumam levar em consideração as eventuais surpresas do decorrer do caminho. E com tanto crédito facilitado, muita gente extrapolou e comprometeu valores além de sua própria margem de segurança. Com isso, distratos estão sendo feitos aos montes, às vistas da imprensa que não toca no assunto. Pois que trinta anos é um período demasiadamente longo e a população começou a se dar conta de que o valor do imóvel pode ser economizado em menos de uma década, com algum esforço conjunto entre seus entes. Trinta anos podem revelar outras verdades, mas parece que as pessoas começam a acordar para os fatos muito, muito, muito antes. 

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