Guedes propõe R$ 10,4 bi para Defesa em 2022, mas Braga Netto quer R$ 18,8 bi

Ministro da Defesa alerta para sucateamento das Forças Armadas e cobra mais verba da Economia para seus gastos discricionários

O ministro da Defesa, General Walter Braga Netto, cobrou do ministério da Economia, de Paulo Guedes, aumento da verba para gastos discricionários das Forças Armadas até 2023 sob o argumento de que há risco de os equipamentos militares ficarem sucateados. Pra 2022, a Economia propõe R$ 10,4 bilhões, mas Braga Netto pede R$ 18,8 bilhões. O orçamento de 2021 (R$ 8,7 bilhões), que incluem investimento e custeio, é inferior aos R$ 16,5 bilhões que a Defesa cobra.

Em ofício enviado a Guedes, o militar alerta que a verba curta também ameaça a entrega das aeronaves KC-390, a compra de blindados e outros projetos prioritários. Segundo matéria de Mateus Vargas, na Folha, Braga Netto diz que é preciso recompor o orçamento deste ano, melhorar a previsão de verba de 2022 e levar a dotação do ano seguinte a um patamar superior ao de 2014.

As informações estão registradas em documentos assinados por Braga Netto no dia 10 de junho. A Economia ainda não respondeu ao pedido do ministro da Defesa e, em nota, disse que “é preciso ressaltar que a proposta ainda está em processo inicial de elaboração”.

Desde que assumiu a Presidência em 2019, Bolsonaro ampliou o espaço de militares no governo e aprovou regras que aumentam a remuneração nas Forças Armadas. Os gastos com pessoal da Defesa têm crescido nos últimos anos, mas a verba para investimentos foi reduzida. Para Braga Netto, um corte de recursos vai atingir a imagem do Brasil no exterior.

Para 2023, a Defesa afirma que o ideal é ter R$ 17 bilhões reservados para gastos que não são obrigatórios.


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