Flávio Bolsonaro se tornará réu por peculato, lavagem de dinheiro e orcrim

Et Urbs Magna – “É iminente a denúncia a ser apresentada pela procuradoria contra Flávio Bolsonaro“, publicou a Folha de São Paulo neste domingo (21). O jornal apontou que a prisão de Queiroz acelera a degradação do status criminal do senador. “Dessa forma, o filho do presidente Jair Bolsonaro deixará o “status” de investigado para se tornar acusado“, escreveu Italo Nogueira.

Segundo o jornalista, o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, indica, por meio de decisões já proferidas, que já há provas suficientes para aceitar uma peça acusatória, o que tornaria Flávio réu pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, da qual seria o líder.

Analisando as provas constantes da investigação, em especial os relatórios de inteligência financeira produzidos pelo Coaf, os extratos bancários e demais diligências produzidas, verifica-se que há prova da existência do crime de peculato, materializado no esquema de ‘rachadinhas’ dos salários de servidores da Alerj“, escreveu Itabaiana, na decisão que mandou prender Queiroz em operação nomeada ‘Anjo’.

Investigadores e advogados que conhecem o caso disseram ao Estadão que os promotores devem dividir os processos de acordo com os núcleos da chamada organização criminosa que funcionaria no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na Assembleia Legislativa do Rio.

No caso da Operação Anjo, a ação atingiu quatro integrantes do que a promotoria designa como o primeiro núcleo da organização criminosa, que deve ser o alvo da primeira denúncia criminal. Com a repartição do caso em mais processos, os promotores evitariam uma ação demorada e confusa, com dezenas de fatos e condutas a serem examinadas, o que poderia tumultuar o processo, tornando-o moroso.

Advogados que atuam no caso disseram ainda que esperam que os demais cinco grupos listados pelo MP deem origem a processos diferentes. O segundo grupo investigado era liderado pelo ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega. O terceiro grupo seria o composto por ex-assessores de Flávio que moravam em Resende, no interior do Rio. O quarto grupo é o liderado pelo PM Diego Sodré de Castro Ambrósio e a empresa de vigilância Santa Clara. O quinto caso é o da loja de chocolates do senador e por fim, no último grupo, está a investigação das transações imobiliárias.

De acordo com o portal Terra, que replicou as informações do Estadão, os promotores não decidiram ainda se vão ou não apresentar uma denúncia específica apenas para o crime de organização criminosa.

Com isso, Flávio Bolsonaro deve ser denunciado, e provavelmente virar réu (se a denúncia for recebida), em duas semanas“, escreveu Lauro Jardim. “Como disse Jair Bolsonaro dias atrás, “está chegando a hora de tudo ser colocado no devido lugar“.

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