Filha da Amazônia sacudiu o BraZil nas eleições 2014

Última atualização em 15 de outubro de 2014 às 12:36h de Brasília

marinaConheça a surpreendente história de Marina Silva, a candidata à presidente que foi vice de Eduardo Campos e se tornou uma das maiores apostas políticas nas eleições de 2014, mas foi derrotada ainda no primeiro turno perdendo a grande chance de se tornar a nova PRESIDENTA do Brasil.

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Marina Silva nasceu no Seringal Bagaço, uma pequena comunidade de seringueiros no Acre. Foi uma entre 11 filhos que seus pais colocaram no mundo, dois dos quais morreram na infância. A doença era comum na Amazônia e teve seus efeitos sobre sua família. Sua mãe morreu quando Marina Silva tinha pouco mais de 10 anos de idade e suas duas irmãs mais novas, logo após com sarampo e malária. Aos 11 anos ela começou a trabalhar com seu pai como seringueiro. Eles normalmente saíam de casa às 5 da manhã e voltavam cerca de 12 horas mais tarde. Para aumentar a produtividade da família, seu pai ia para uma área da floresta e ela e suas irmãs para o outra. Caminhavam mais de 10 quilômetros diários mata adentro ajudando seu pai coletar borracha das árvores. Para impedi-la de ser roubada ou enganada por compradores de borracha, seu pai lhe ensinou matemática simples em uma idade adiantada, disse ela. Quando Marina Silva ficou doente com hepatite, ela resolveu ir ao Rio Branco para encontrar tratamento. Ela queria ser freira e também queria estudar.

marina e dilmaMatriculou-se em um curso para adultos analfabetos, trabalhou como empregada doméstica e logo terminou a escola primária. Durante os intervalos das férias, ela voltou para a casa de seu pai e novamente o ajudou a coletar borracha. Abandonou a ideia de se tornar uma freira e entrou na faculdade, graduando-se História. Na  universidade ingressou no Partido Comunista Revolucionário, um grupo clandestino que trabalha para se opor à ditadura militar no Brasil. Chico mendesDurante esse período, ela conheceu Chico Mendes, um seringueiro que organizou os trabalhadores para alertar sobre os perigos de queimar e limpar a floresta e sobre o deslocamento de comunidades tradicionais da Amazônia. Marina Silvas se juntou ao movimento de Chico Mendes, de  manifestações pacíficas, o que a fez se voltar para a política. Depois de ser eleita a vereadora em Rio Branco, iniciou uma escalada ganhando posteriormente para 1565807-0298-atm14Senadora aos 36 anosdeputado estadual e mais tarde para senador federal. Com sua defesa firme da Amazônia, Marina Silva claramente se tornou a candidata ambientalista brasileira. Marina, por seu envolvimento com a Amazônia, é claramente uma candidata de porte até mesmo internacional que pode fazer frente às questões como o desmatamento e possui, ainda, a possibilidade de desenvolver um modelo de gestão diferenciado de todas as questões nacionais de uma forma jamais vista antes. E os ambientalistas ao redor do mundo são conscientes que a maior floresta tropical do planeta está no Brasil e poderia ser administrado por Marina Silva, uma pessoa em quem confiam pois a conheceram de perto. Lembrando que a defesa da Amazônia ganhou aclamação de grupos ambientalistas internacionais ao redor do mundo que dizem que o desmatamento da floresta brasileira afeta diretamente as mudanças climáticas. A presidenciável que em 2014 não chegou a disputar o segundo turno das eleições sem alcançar quantidade de votos suficientes para ir à segunda fase, renunciou em maio de 2008 culpando “estagnação” dentro do governo Lula. Hoje, como um ícone do movimento ambiental, ela tem dedicado sua vida para proteger essa e mesma floresta. Sua história – a de uma mulher humilde que superou a pobreza extrema e a doença para se tornar uma força na política brasileira – revelou-se uma inspiração para os brasileiros em sua busca por um presidente para substituir Dilma Roussef. Marina é uma pessoa que ganhou suas próprias asas, e não é surpreendente descobrir que quem tem asas pode voar, como disse certa vez Jorge Viana, que foi governador do Acre, Estado natal de Marina Silva. Ela abalou a corrida presidencial desde a morte de Eduardo Campos, vitimado por um desastre aéreo em São Paulo, o que surpreendeu a presidente Dilma obrigando-a a modificar radical e visivelmente sua estratégia de campanha. Marina, no entanto, não teve estrutura e embasamento suficientes que pudessem ser demonstrados ao povo brasileiro nos debates políticos às vésperas das eleições tendo sido ultrapassada por Aécio Neves. Rousseff foi a primeira mulher na presidência do Brasil, mas marina também poderia ter sido a primeira mulher negra no mais alto posto político de uma nação. 

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