O golpe de Estado que derrubou a presidente Dilma Rousseff impôs uma agenda de retorno ao neoliberalismo que, através de um ajuste fiscal regressivo e desumano, promoveu um brutal corte nos programas sociais, aumentou o desemprego e jogou milhões de brasileiros na miséria e indigência. As ações recentes do governo golpista de Temer indicam um crescente esvaziamento do Bolsa Família, com a extinção de 4,3 milhões de pessoas do programa, que agora deve se chamar Bolsa Dignidade.
Em 2014, depois de reduzir em 82,1% o número pessoas subalimentadas, o Brasil, finalmente, tinha deixado o Mapa da Fome da ONU. Agora, corre o risco de voltar porque, desde que o golpista e ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) assumiu o poder, o número de pessoas em extrema pobreza voltou a crescer.
“O desmonte das políticas de assistência social vitima a população mais pobre. E a situação é de agravamento. Não pode haver ajuste fiscal que viole os direitos humanos, como a Emenda do Teto de Gastos”, denuncia o economista Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase).
“Que país teremos se prosseguirmos assim? Tudo isso aconteceria se a democracia brasileira tivesse sido preservada?”, questionou Franscisco, que completou: “isso indica qual deve ser nosso campo de luta”.
O tema da fome voltou à preocupação de especialistas e foi destaque de capa da edição de março da revista Radis Comunicação e Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), ligada à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O agrônomo José Graziano, presidente da FAO, órgão da ONU responsável pelo combate à fome e à pobreza, afirmou que a crise “terminou por impedir que se consolidasse uma política de segurança alimentar” no Brasil e que, na recessão econômica, os investimentos em programas sociais precisam ser aumentados.
“Para que a fome seja combatida de maneira eficiente, nossa recomendação é sempre a adoção de políticas anticíclicas: quando há recessão econômica, propõe-se aumentar os investimentos nos programas sociais”, declarou Graziano à revista Radis; ele foi o responsável pela implantação do Fome Zero, em 2003, programa precursor de uma série de outros que colocaram a luta contra a fome na agenda das políticas públicas do Brasil.
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*Com informações do Ibase
para os golpistas quanto maior pior. A ditadura está de volta.