A jornalista da Folha de S. Paulo, Mônica Bergamo, o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) e o ex-juiz federal e pré-candidato pelo Podemos à Presidência da República, Sergio Moro | Sobreposição de imagens
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
“Todas as empresas que Moro quebrou estão sendo recuperadas pela Alvarez & Marsal a peso de ouro” e “é preciso investigar o conflito de interesses“, disse Paulo Teixeira, do PT
A jornalista Mônica Bergamo informou, em matéria em sua Coluna Painel da Folha de S. Paulo, que segundo o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) faltariam apenas 30 assinaturas, de um total necessário de 171, para que seja iniciada uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o ex-juiz federal da 13ª Vara de Curitiba, Sergio Moro, que tem sido apontado como responsável pela quebra de várias empresas brasileiras para, mais tarde, forçar a contratação da americana Alvarez & Marsal para recuperá-las. O parlamentar afirma que “é preciso investigar o conflito de interesses”.
Teixeira estará iniciando uma coleta de assinaturas na Câmara dos Deputados para a instalação da investigação, que terá como base os relatórios cujos sigilos foram retirados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que está investigando o caso.
Possivelmente os atos de Moro como juiz fragilizaram a situação econômica de empreiteiras e, alguns anos depois, ele foi trabalhar justamente na companhia responsável pela recuperação judicial da maioria delas, a Alverez & Marsal.
A empresa de gerenciamento de recuperação e melhoria de desempenho que atua para clientes de alto perfil já recebeu R$ 42 milhões de companhias investigadas na Lava Jato.
A CPI precisa de 171 assinaturas para ser instalada, mas somente os deputados de esquerda somariam mais de 140 delas, diz Teixeira. Assim, faltariam apenas 30, escreve Mônica Bergamo. O que seria relativamente fácil, haja vista que Moro é considerado um traidor pelos apoiadores do presidente que fazem parte da base do governo de Jair Bolsonaro.