A intervenção militar que os Estados Unidos estão preparando contra a Venezuela viola o direito à autodeterminação dos povos. Será uma guerra contra as vozes da ONU e da comunidade internacional. Solidariedade internacionalista com a Venezuela!, escreveu o Colombia Humana Medellín neste sábado (04).
La intervención militar que prepara EEUU contra Venezuela es violatoria del derecho a la autodeterminación de los pueblos. Será una guerra en contra de las voces de la ONU y de la comunidad internacional. ¡Solidaridad internacionalista con Venezuela! pic.twitter.com/h2TzMgCHyV
— Colombia Humana Medellín (@humana_medellin) April 4, 2020
A MENTIRA:
“Hoje, os EUA estão a fortalecer as operações antidroga na América Latina para proteger o povo norte-americano do flagelo mortal das drogas. Não permitiremos que os cartéis de drogas aproveitem esta pandemia para ameaçar a vida dos norte-americanos“, anunciou Trump, em conferência de imprensa há poucos dias atrás.
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“Estamos colocando navios de guerra, helicópteros, aviões da força aérea para vigilância e patrulhas da Guarda Costeira, duplicando as nossas capacidades de intervenção na região“, disse Trump, que apareceu ladeado pelos líderes militares do país.
De acordo com as autoridades americanas a operação tem como objetivo os cartéis mexicanos e o círculo próximo ao Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, contra o qual a Justiça dos Estados Unidos avançou, na semana passada, com acusações por tráfico de drogas.
O secretário da Defesa norte-americano, Mark Esper, referiu na conferência de imprensa que “o regime ilegítimo de Maduro na Venezuela confia nos benefícios que advêm da venda de drogas para manter o seu poder opressivo“.
A VERDADE:
Uma empresa do México troca comida por milhões de barris de petróleo da Venezuela. O Governo venezuelano adotou medida para assegurar importações em meio a sanções dos Estados Unidos; empresa afirma que trocas não contrariam governo dos EUA e são ‘ajuda humanitária’. Isso foi publicado no Estadão (leia aqui).
A Venezuela trocou milhões de barris de petróleo por cargas de milho e caminhões de água em um acordo com a empresa mexicana Libre Abordo S.A em um esforço para assegurar as importações em meio ao recrudescimento das sanções impostas pelos Estados Unidos, de acordo com a empresa e com dados de exportação do governo.
A companhia foi avisada de que não houve violação das sanções dos EUA, pois não havia pagamentos em dinheiro envolvidos, já que o óleo foi recebido para compensar a ajuda alimentar.
REFLITA:
As ações dos EUA sobre as regiões do México e Venezuela visam tomar a produção petrolífera do jogo que os dois países acordaram entre si. O país de Nicolás Maduro, que segue presidente, mesmo a comunidade internacional não o reconhecendo e sim o autoproclamado Juán Guaidó, é grande produtor mundial de petróleo.
Trump precisa se reeleger, após tantas mortes e com o fracassado sistema de saúde dos EUA diante do covid-19 não lhe resta mais nada além desta guerra. É muita ganância.