O ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, cassado no TSE, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), conversa com o ex-juiz federal e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR), em imagem de Jefferson Rudy/Agência Senado
“A Lava Jato, hoje se sabe, padeceu de um terrível vício de origem, o desabrido desrespeito ao princípio do devido processo legal, que selou seu destino“, escrevem os editores
“O roteiro da agonia da Lava Jato é digno de uma novela de baixo orçamento. Veja-se o que ocorre agora na 13.ª Vara Federal de Curitiba, que durante o período áureo da operação anticorrupção foi transformada em uma espécie de ‘Tribunal Oficial do Brasil’ e hoje oferece ao País um lastimável show de horrores“, escrevem os editores do jornalão ‘O Estado de S. Paulo‘, nesta segunda-feira (29/5).
“A Lava Jato, hoje se sabe, padeceu de um terrível vício de origem, o desabrido desrespeito ao princípio do devido processo legal, que selou seu destino. Direitos fundamentais foram solapados pela sanha punitiva e pela agenda política de muitos servidores ligados à operação, principalmente suas duas maiores estrelas“, diz o editorial, que não tem endosso jornalístico, para refletir a opinião da mídia.
“Ao se apropriarem de uma ação oficial do Estado como plataforma de lançamento de seus projetos particulares, esses agentes públicos, a um só tempo, feriram de morte a Lava Jato e decepcionaram muitos brasileiros que depositaram na operação a esperança pelo resgate do princípio fundamental da República, a igualdade de todos perante a lei, do fosso das grandes desilusões nacionais“, argumentam os editores do Estadão.
É preciso enquadrar todos os figurantes desse festival de banditismo. Principalmente os dos Tribunais, a começar pelo TRF4, que tinha o dever de matar esse banditismo no nascedouro, declarando a incompetência da república de Curitiba para julgar as ações relacionadas à Petrobrás. Cadeia para o bando todo.