Enquanto “a fome aumenta e se espraia”, Bolsonaro tira ainda mais dos miseráveis visando sua reeleição, diz jornalista

Bolsonaro sobrevoa de helicóptero ato pró-governo em Brasília, marcado por pedidos de intervenção militar | Extra

“As mutilações nos gastos sociais já feitas foram brutais, mas o presidente quer mais bilhões de reais para o que se mostra no governo como o segundo gasto na ordem de nobreza: a compra de parlamentares com a liberação de verbas para suas propostas de obras, que são catapultas eleitorais – a perspectiva de futuro próximo é péssima”, diz – Enquanto isso, a campanha PT Solidário, lançada há alguns dias, dá orientações e locais para doação de alimentos arrecadados pela iniciativa de caráter ‘permanente’ – Leia. Doe!

Jair Bolsonaro quer mais cortes em gastos sociais previstos no Orçamento para este ano. As mutilações já feitas foram brutais, mas Bolsonaro quer mais alguns bilhões para o que se mostra no governo como o segundo gasto na ordem de nobreza: a compra de parlamentares com a liberação de bilhões para suas propostas de obras, que são catapultas eleitorais“, diz Jânio de Freitas, na Folha de S. Paulo deste domingo (2), para quem “o vírus não é causador único dessa imensa desgraça coletiva” e a “piora nos índices sociais vai se acelerar em número e desumanidade“.

O único gasto mais nobre no Planalto é o dos militares, cujo montante inicial perdeu apenas 3%”, escreve Freitas sugerindo que a união de Bolsonaro com as Forças Armadas está afundando o orçamento, quando se deixou de amparar adequadamente e de acordo com o que o povo precisa deixando-o na miséria. “As reduções são o oposto do requerido pelo forte agravamento das condições de sobrevida da maioria dos brasileiros. A retenção por mais de três meses do também mutilado auxílio emergencial anulou o alívio trazido pelas parcelas do ano passado, concedidas pelo Congresso“, diz o jornalista.

A fome aumenta, e se espraia mais. Qualquer oferta de alimento atrai filas enormes, e as coletas de doações recebem ainda quantidade ínfima para a necessidade crescente”, diz Jânio de Freitas. Segundo o jornalista, “a maioria não tem disponibilidades para ser solidária”, apesar de campanhas de doações de alimentos terem sido iniciadas desde a divulgação da intensificação da fome no país, especialmente a partir do governo Bolsonaro, que se esconde sob a desculpa do vírus para justificá-la.

Na chegada de Bolsonaro ao poder, considerava-se, com provável otimismo, haver em torno de 24 milhões de brasileiros vivendo com menos de R$ 246 por mês: R$ 8 por dia. Passados dois anos, a FGV e dados do IBGE indicam o aumento desse contingente para 35 milhões de pessoas”, escreve Freitas em simultaneidade com a preocupação internacional com um país que já teve, sob os governos petistas, o modelo Fome Zero destacadamente copiado por outros.

Não só os já habitantes da pobreza descem à miséria mais miserável. O título de reportagem de Fernando Canzian para a Folha sintetiza o que se passa nos intermediários: “Fenômeno dos anos Lula, classe C afunda e cai na miséria”. Eloquência justificada por mais de 30 milhões que “estão despencando diretamente da classe C para a miséria””, diz o jornalista enquanto o Partido dos Trabalhadores mobiliza, há alguns dias, a campanha PT Solidário, dando orientações e locais para doação de alimentos arrecadados pela iniciativa, de caráter ‘permanente’, que serão entregues às famílias em situação de vulnerabilidade em todo o país.

“A pandemia não é causa única da derrocada social. Desde seu primeiro momento, o governo investiu contra os programas sociais, sem exceção, e os manteve na precariedade quando o vírus se anunciou, se propagou e se impôs. Nem a mínima atenção foi dada à necessidade de se buscarem modos de atenuar os efeitos socioeconômicos da pandemia. E, em paralelo, fosse preparada a defesa da população com a compra de vacinas, campanhas instrutivas, orientação para as alternativas empresariais e gerais”.

Nada disso, era só uma “gripezinha”, a cloroquina a eliminaria. A vaguidão de Paulo Guedes, com os pés no ministério e a cabeça na Bolsa, e o desvario de Bolsonaro associaram-se ao vírus. Passamos de 400 mil mortes. Esse morticínio atordoa, as crianças e famílias que caem no desamparo, se desorganizam, também perdem a vida por outra que começa e só podem temer”.

O vírus não é o causador único dessa imensa desgraça coletiva. Tanto que maio e junho são esperados por cientistas como ainda mais calamitosos no Brasil. E explicam: por decorrência da baixa vacinação até aqui, da falta de vacinas porque o governo chegou tarde, desacreditado e arrogantemente suspeito ao balcão mundial dos imunizantes. Logo, os passos degradantes na escala socioeconômica, mais do que continuar, vão se acelerar em número e em desumanidade. Nenhuma resposta lúcida pode ser esperada do governo que pretende até cortar mais gastos sociais”.

A perspectiva de futuro próximo é péssima“, pontua o jornalista.

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