Daniel Silveira é preso novamente após 36 violações das regras do uso da tornozeleira


Guilherme Venaglia, da CNN
24 de junho de 2021 | 16:39

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso novamente, nesta quinta-feira (24), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) acatado pelo ministro Alexandre de Moraes. Depois de ser detido, ele foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de exames. Segundo pedido da PGR, Silveira, que estava em prisão domiciliar, violou 36 vezes as regras de uso da tornozeleira eletrônica, ficando até cinco horas sem emitir qualquer sinal para a Polícia Federal, como determinou a Justiça.

Antes de determinar a nova prisão do deputado, o ministro Alexandre de Moraes estabeleceu uma fiança de R$ 100 mil. Como o valor não foi depositado em juízo, Moraes afirma que “ficou assim estabelecido o descumprimento imediato de qualquer dessas medidas”.

“Em face do reiterado descumprimento dessas medidas, restabeleço a detenção de Daniel Lúcio da Silveira”, escreveu o ministro do STF.

Daniel Silveira ficará preso no Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

O ministro apontou algumas violações que julgou serem as principais:

em 30/4/2021, violação de fim de bateria, por mais de 5 (cinco) horas
em 1º/5/2021, violação de fim de bateria, por mais de 1 dia e 19 (dezenove) horas
em 3/5/2021, violação de fim de bateria, por mais de 16 (dezesseis) horas;
em 4/5/2021, violação de rompimento da cinta, por mais de 1 dia e 16 (dezesseis) horas;
em 12/5/2021, violação de rompimento da cinta, tendo o requerido informado que “treina diariamente muay thai e que tem feito movimentos (chutes) com a perna onde o equipamento está anilhado” (eDoc. 219); 
em 12/5/2021, violação de fim de bateria, por mais de 13 (treze) horas;
em 20/5/2021, violação de fim de bateria, por mais de 4 (quatro) horas.

O deputado está preso desde o dia 16 de fevereiro, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que julgou como “notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças ao Supremo” as falas de Silveira gravadas em vídeo. Essa decisão foi confirmada no dia seguinte de forma unânime pelo Plenário.

Nota da defesa: ‘Daniel é um preso político’

Daniel é um preso político. Seu caso já passou da hora de ser tratado nos organismos internacionais de  defesa aos  direitos humanos. 
Ele é um preso político e assim deve ser tratado. 

André Rios 

“Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça.”

Eduardo Juan Couture.


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