O bolsonarista Roberto Campos Neto descumpriu metas de inflação em 2021 e 2022 e tem competência questionada pelo governo atual
Pela Lei 179/19, que definiu a autonomia do Banco Central, o presidente da instituição pode ser exonerado quando apresentar “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil“.
Campos Neto é criticado, não só por manter a taxa de juros alta no primeiro mês do atual governo, mas também por descumprimento consecutivos de metas de inflação, em 2021 e no ano eleitoral de 2022, que, no governo de Jair Bolsonaro (PL), estourou.
A possibilidade de exonerar o presidente bolsonarista do Banco Central, Roberto Campos Neto, que não está agradando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teria um custo alto para a Economia do Brasil, causando impactos no valor do dólar, na bolsa e nos ativos brasileiros cotados no exterior.
Além disso, a exoneração teria que ser aprovada por maioria absoluta pelo Senado Federal, escreve a jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
Em 2021, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional era de 3,75%, podendo chegar a no máximo 5,25%. Mas ela foi de 10,06%. Campos Neto teve que divulgar uma carta aberta para se explicar.
Entre outras coisas, ele disse que a inflação de dois dígitos era culpa de um fenômeno global, e citou também o risco fiscal e a crise hídrica. Em 2022, a meta voltou a estourar. Ela era de 3,5%, podendo chegar a 5%. Mas a inflação chegou a 5,79%.

Não apenas ele, mas todos os “blindados” — essa “equipe” do, sim, Bolsonaro.
Quanto aos “custos”, ora-ora, desde quando os especuladores / parasitas / escravagistas
deixaram de se valer do pum do urubú para meter a mão no butim?!…