Colunista social faz apologia ao nazismo e é rejeitado pelos leitores

Lúcio Brasileiro (na foto, o primeiro à esquerda) é conhecido por circular com certa desenvoltura entre a elite econômica do Ceará e por veicular em sua coluna notícias e fofocas das “altas rodas”. Não raramente se atreve a emitir opiniões políticas, sempre em sintonia com o que pensam leitores e frequentadores de sua coluna. Há poucos mais de duas semanas afirmou que eleições não resolverão os problemas do Brasil e emendou dizendo que a salvação do país seria a implantação do nazismo, que ele preferiu chamar pelo nome oficial de “nacional-socialismo”. De quebra, agregou que o regime implantando por Hitler “livrou a Alemanha do comunismo, nos anos 20 e 30″.

A reação dos leitores do jornal O Povo foi imediata e se expressou principalmente através de cartas à ombudsman Daniela Nogueira, que no domingo (23) tratou o tema em sua análise semanal. Um dos leitores afirmou que Brasileiro foi além do limite ao exaltar o nazismo, considerado crime pela Constituição, e considerou a exaltação uma mediocridade. Outros leitores foram igualmente duros com o colunista e com o próprio jornal. Chegaram a afirmar que, ao publicar uma apologia ao crime, O Povo estava sendo cúmplice e cobraram explicações.

Leia abaixo o que relatou a ombudsman:

Apologia ao nazismo

Daniela Nogueira*

23/12/2018 

Com o título “Apanhado político”, o colunista Lúcio Brasileiro assim escreveu a nota de sua coluna da sexta-feira 14 de dezembro de 2018: “Não será uma eleição nem várias eleições que poderão salvar o País (…). Talvez implantação do nacional-socialismo, que livrou a Alemanha do comunismo, nos anos 20 e 30”. Nacional-socialismo é outro nome para o nazismo. Movimento fortemente caracterizado pelo seu caráter nacionalista, o regime nazista foi também amplamente conhecido por ser totalitário, antidemocrático e racista. A história mundial nos ensina isso.

Após a publicação desta nota na coluna, não faltaram críticas. “O Lúcio Brasileiro foi além de todo e qualquer limite que possa ser tolerado, exaltando descaradamente o nazismo, o que, pela Constituição, é considerado crime. É assustador quando um jornalista, que tem uma coluna permanente neste jornal – com o único objetivo de bajular segmentos de uma elite que se nutre de frivolidades – proponha uma mudança de regime para que o nacional-socialismo para salvar o Brasil do comunismo. Quanta mediocridade!”, escreveu Mário Mamede.

O leitor Leonardo Bezerra enviou: “O jornalista apresenta uma predisposição ao regime totalitário que justificou a morte e a perseguição de milhões de pessoas. Ele também apresenta uma postura terrorista ao propor o fim da Democracia com base em informações equivocadas e uma visão ideológica preocupante a quem defende os Direitos Humanos”. Filipe Veras criticou: “Apologia ao nazismo, além de absurdo e inadmissível, é crime! E neste caso, o jornal está sendo cúmplice”. Lia Silveira comentou: “Sério? Apologia ao nazismo explícita? O jornal O Povo deve uma explicação aos seus leitores, no mínimo”. 

* Ombudsman do Jornal O Povo, do Ceará 

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