Chairman do Carrefour SA admite racismo no Brasil, pede respeito à diversidade e exige revisão nas contratações
21/11/2020“As imagens postadas nas redes sociais são insuportáveis”, disse o CEO e Presidente do Conselho de Administração do grupo a nível mundial, o francês Alexandre Bompard, sobre o assassinato de João Alberto na filial de Porto Alegre | O chairman disse ainda que as medidas tomadas contra a empresa de segurança são insuficientes e determinou um plano de ação com suporte internacional

O Presidente do Conselho de Administração e CEO da empresa multinacional especializada em varejo, Carrefour SA, sediada em Messy, França, admitiu a existência de racismo no Brasil e pediu “respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância“.
O chairman do grupo, Alexandre Bompard, se manifestou na noite desta sexta-feira (20) sobre o assassinato de João Alberto por seguranças na filial de Porto Alegre e disse que “as imagens postadas nas redes sociais são insuportáveis” e, ao mencionar que as medidas tomadas contra a empresa responsável pela segurança são insuficientes, determinou um plano de ação com suporte internacional para garantir uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros.
Bompard expressou seus “profundos sentimentos, após a morte do senhor João Alberto Silveira Freitas” em ‘fio’ postado no Twitter, onde afirma que pediu “para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que esse os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz“.
“Medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança contratada. Essas medidas são insuficientes. Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência”, afirmou.
O chairman disse ainda esperar que “o Grupo Carrefour Brasil se comprometa” com seu pedido de “revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância.
“Esta revisão será acompanhada de um plano de ação definido com o suporte de empresas externas para garantir a independência deste trabalho“, pontuou.
João foi enterrado na tarde deste sábado, em Porto Alegre.

ATO SILENCIOSO durante cortejo de João Alberto:
O caso João Alberto e mais um entre muitos, o país vive um momento de insegurança, racismo, ódio descriminação, são vários crimes, passar fome também é crime.