Cesar Calejon mostra matéria da Folha que teve que cobrir a manifestação flopada com argumentos improvisados, por falta do que dizer, porque nada aconteceu, para o delírio de usuários das redes sociais
“Mais uma apresentação da “carreata cupção” do Deltan Dallagnol“, afirmou em seu perfil no ‘Twitter‘, o jornalista Cesar Calejon, ao compartilhar publicação do jornal Folha de S. Paulo, em cujo ‘print‘ de imagem se lê no título: “Ato pró-Deltan esvaziado em São Paulo lamenta direita desunida“.
Um seguidor do jornalista zoou ao dizer, sobre o ex-procurador acostumado com palanques, que “todo mundo só fala em outra coisa“.
Veja a seguir:
Assim foi a manifestação realizada neste domingo (4/6) pelo movimento Vem Pra Rua na Avenida Paulista, em São Paulo, em apoio ao deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O movimento se reuniu em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo) e soltou 345 balões pretos na avenida para representar os 345 mil votos obtidos nas eleições de 2022 pelo ex-procurador da República e coordenador da extinta força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, no Paraná, conforme noticiou o ‘Metrópoles‘.
Apesar do apelo feito pelo movimento nas redes sociais, lembrando que há exatamente dez anos, na mesma Avenida Paulista, começavam as manifestações de rua que resultaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2015, a adesão ao ato pró-Deltan foi baixa.
Nem mesmo outras figuras representativas da direita e o Movimento Brasil Livre (MBL), que atuou ao lado do Vem Pra Rua nos atos contra o PT no passado, deram as caras na Avenida Paulista neste domingo. A participação de políticos se resumiu às presenças dos deputados Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Adriana Ventura (Novo-SP).
“Recentemente, nós tivemos a cassação indecorosa do deputado federal Deltan Dallagnol. Uma cassação injusta, promovida por uma perseguição política, contra a qual todos nós cidadãos brasileiros temos o dever de nos manifestar e expressar nossa indignação saindo às ruas”, disse Luciana Alberto, coordenadora do ato pelo Vem Pra Rua.
O que diz o TSE
O relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves, afirmou que Dallagnol cometeu uma “fraude” contra a Lei da Ficha Limpa ao pedir exoneração do Ministério Público Federal (MPF) 11 meses antes das eleições, enquanto enfrentava processos internos que poderiam levar à sua demissão — e, em consequência, à sua inelegibilidade.
Gonçalves entendeu que o acusado deixou o cargo para “burlar” a inelegibilidade e disputar as eleições 2022.
“Referida manobra impediu que os 15 procedimentos administrativos em trâmite no CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] em seu desfavor viessem a ensejar aposentadoria compulsória ou perda do cargo“, destacou o ministro.