Mesmo morto, o político do partido do ex-presidente Rafael Correa, Omar Menéndez recebeu 6.630 votos dos eleitores da cidade costeira no Sudoeste do país
Assassinado na véspera da eleição municipal do último domingo (5/2), o candidato à Prefeitura de Puerto López, no Equador, Omar Menéndez, recebeu 6.630 votos, o equivalente a 46,22% do eleitorado da cidade costeira, e acabou eleito Prefeito da cidade.
Menéndez, de 41 anos, saiu vitorioso nas eleições locais em que era candidato pelo partido Revolução Cidadã, do movimento criado pelo ex-presidente Rafael Correa, que governou o país de 2007 a 2017.
O candidato foi morto a tiros em uma área comercial de Puerto López, na província de Manabí, e deixou dois filhos, dizem jornais do Equador, conforme também replicado no Globo.
O assassinato aconteceu poucas horas antes do início do processo eleitoral. A legenda anunciou que Verónica Lucas foi registrada para substituir Menéndez. Assim, ela será a prefeita da cidade.
“Esta vitória é em homenagem ao nosso camarada Omar Menéndez“, escreveu Correa no Twitter, acompanhando a mensagem com uma foto dos candidatos do correísmo eleitos.
O “correísmo” venceu pelo menos sete dos 23 governos provinciais, incluindo Guayas e Pichincha. Também conquistou as prefeituras de Quito e Guayaquil, a cidade portuária que foi reduto da direita por 30 anos.
Além da definição de quase 5.700 autoridades locais, o pleito do último domingo também contava com uma consulta popular com oito propostas sobre segurança pública.
Nesta terça-feira, o presidente Guillermo Lasso, de direita, reconheceu a derrota no referendo, que previa, entre outras coisas, a extradição de equatorianos envolvidos com o crime organizado transnacional como uma ferramenta para fortalecer sua luta contra o narcotráfico.
O objetivo não declarado do governo era a entrega de narcotraficantes para os Estados Unidos, onde costumam ficar presos por muitos anos.
“Aceito que a maioria não esteja de acordo que estes temas sejam resolvidos com as ferramentas colocadas em consideração no referendo“, afirmou Lasso em um discurso de cerca de 10 minutos.
