Gesto figura em uma de quatro cláusulas de um “pacto pela paz” feito entre o governo e o judiciário
O Executivo discutiu “a possibilidade de um “pacto pela paz”, composto de quatro cláusulas“, levadas ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ministro da Economia Paulo Guedes, que “se apresentou como articulador de uma trégua que incluía acenos públicos a um país polarizado e cenários sobre o futuro ideal para o mandatário [Jair Bolsonaro]”, “caso vença” ou “saia derrotado” da eleição presidencial de outubro.
Um aperto de mão entre o atual ocupante do Palácio do Planalto e o ex-presidente LULA faria parte, como a segunda cláusula, deste acordo quádruplo, de “cunho simbólico e pensado para reverberar no noticiário do exterior“, diz matéria da jornalista Laryssa Borges, na revista Veja. Os dois políticos “posariam juntos para fotos em um recado de que não haveria perseguição ao derrotado nem turbulências na formação do próximo governo“, diz o texto.
As outras seriam: 1) o abrandamento dos “ataques verbais” de Bolsonaro “contra o Supremo“, em troca “de um gesto de boa vontade do TSE“; 3) que o inquérito das fake news “deveria preferencialmente sumir do mapa, sendo arquivado logo no início oficial da campanha presidencial” e; 4) caso Bolsonaro perca a eleição, haveria a “aprovação de uma emenda constitucional para instituir a figura do senador vitalício para ex-presidentes“.
Assim, esta última cláusula “barraria a possibilidade” de uma eventual prisão, escreve a jornalista, que pontua afirmando que apesar de “algumas dessas propostas” terem perdido “força“, a “presença de Alexandre de Moraes na quarta-feira (10/8) no Planalto para entregar ao presidente o convite de sua posse [como presidente do TSE, na próxima terça-feira (16/8)], seria, de acordo com aliados do governo, a prova disso”.