Após postar mentira sobre banheiros unissex, Moro ataca Silvio Almeida porque ministro vai acionar AGU

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania e o senador do União Brasil trocaram farpas por meio dos seus perfis nas redes sociais neste sábado

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, e o senador Sergio Moro (União-Brasil PR) trocaram farpas por meio dos seus perfis nas redes sociais neste sábado.

O embate digital ocorreu após o titular da pasta do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar que pretende acionar a Advogacia-Geral da União (AGU) contra o ex-juiz da Lava-Jato e o ex-deputado estadual de São Paulo Arthur do Val.

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Almeida já solicitou ao órgão do governo para tomar providências cabíveis em âmbito administrativo, cível e criminal contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros (PL-PR) por difundirem vídeos com ofensas e informações falsas que vinculam a gestão de Lula à obrigatoriedade do banheiro unissex no Brasil.

No ofício já enviado à AGU, o ministro relata que o deputado Nikolas Ferreira divulgou vídeo em que distorce completamente a Resolução do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, órgão autônomo em suas decisões.

O documento esclarece que, diferentemente do que afirmaram os deputados, nem o ministro nem o presidente tiveram qualquer participação ou influência na produção da resolução e consideram ainda os comentários ofensivos e crimes contra a honra e de dano moral cometido em face do ministro e do presidente.

Serão também tomadas providências contra outros propagadores de Fake News, dentre os quais um sujeito que já teve seu mandato cassado por desrespeitar mulheres de um país em guerra e outro, um Senador da República que quando juiz de direito envergonhou o Poder Judiciário“, escreveu o ministro dos Direitos Humanos, em referência a Do Val e Moro, respectivamente.

Dol Val teve seu mandato cassado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) por causa de um áudio de cunho sexista, em que ele fez ofensas a mulheres ucranianas. Já Moro, ex-ministro da Justiça do falido governo do ex-presidente hoje inelegível Jair Bolsonaro (PL), foi declarado suspeito para julgar Lula no âmbito da Lava-Jato por decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

Também nas plataformas, Moro reagiu e escreveu que o ministro “está com tempo para ameaçar parlamentares“, em vez de, segundo o senador, se manifestar após o presidente Lula dizer, na semana passada, que estuda tirar o Brasil do Tribunal Penal Internacional (TPI), posição da qual recuou em seguida, e em meio à campanha para que o petista indique uma mulher para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF).

O favorito para o posto é o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

O ex-juiz parcial também citou alinhamento de Lula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

Temos um Ministro dos Direitos Humanos que se cala quando seu chefe Lula adula Putin e Maduro, ataca o TPI e ignora a importância de mulheres no STF. Mas está com tempo para ameaçar parlamentares por criticarem o Governo“, publicou o senador, conforme transcreveu ‘O Globo‘.

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