Após 4 anos da ‘Vaza Jato’, Pimenta se diz ‘perplexo’ com novas conversas e a ‘sofisticada Orcrim’ de Moro e Deltan

Cada vez que mais conversas da Vaza Jato são divulgadas aumenta minha perplexidade e minha indignação de como o Brasil foi capturado por essa quadrilha de bandidos de togas“, afirmou – Leia a íntegra:

No dia 9 de junho de 2019, o portal de notícias ‘The Intercept Brasil‘ lançou uma série de reportagens – o especial ‘As conversas secretas da Lava Jato‘ – baseado em conversas privadas envolvendo o então procurador Deltan Dallagnol bem como o então ministro da Justiça, o ex-juiz federal Sergio Moro.

O material foi divulgado pelo site em parceria com outros veículos da imprensa, chocando o público por seu teor inesperado e revelador, com gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens que evidenciaram o caráter político e parcial da operação.

Desde o primeiro vazamento, a apelidada “Vaza Jato” pautou a mídia internacional e foi diversas vezes o assunto mais comentado nas redes sociais. Mais tarde, em fevereiro de 2021, o então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, suspendeu o sigilo das conversas que foram obtidas na operação Spoofing.

Em janeiro do mesmo ano, o magistrado já havia autorizado à defesa do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o acesso ao conteúdo apreendido, com dados de diálogos ocorridos no período 3 de setembro de 2015 a 8 de agosto de 2017.

Por meio destas mensagens, Lula, que havia sido condenado duas vezes pela ‘República de Curitiba‘, nos casos do tríplex do Guarujá e sítio de Atibaia, apostou que as mensagens extraídas do celular Sergio Moro dariam a evidência de que o ex-juiz federal agiu de forma parcial. E aconteceu.

Em março de 2021, a 2ª Turma do STF reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condenação de Lula e anulou sua primeira sentença, a do caso Triplex: “Por decisão majoritária, colegiado entendeu que o então magistrado agiu com motivação política na condução do processo do ex-presidente Lula na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR)“, dizia o texto.

Após 4 anos das primeiras conversas da ‘Vaza Jato‘, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirma que Moro e Deltan agiram à frente de “sofisticada” Orcrim e as conversas que já haviam lhe causado “perplexidade” agora são renovadas com novos diálogos que vêm à público, tonificando e renovando seu sentimento.

Pimenta se referiu aos diálogos revelados nesta sexta-feira (9/6), mostrando que procuradores esperavam “posição dos americanos” para “ferrar” o ex-advogado da construtora Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran. Nas conversas do acervo apreendido pela PF durante a operação ‘spoofing’, membros da extinta Lava Jato de Curitiba também desejavam “prisão perpétua para Marcelo Odebrecht” e o “fechamento” da empreiteira (Leia aqui).

Cada vez que mais conversas da Vaza Jato são divulgadas aumenta minha perplexidade e minha indignação de como o Brasil foi capturado por essa quadrilha de bandidos de togas. Moro e Deltan comandaram uma sofisticada organização criminosa com ramificações em vários setores do aparato do Estado brasileiro”, afirmou o ministro em seu ‘Twitter‘.

Uma perigosa organização que nunca mediu limites e jamais teve escrúpulos para alcançar seu projeto de poder. Que todos sejam identificados e respondam exemplarmente pelos crimes cometidos contra a democracia. Nenhum tipo de impunidade pode ser tolerada contra esse bando e seus cúmplices”, pontuou Pimenta.

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