‘Apocalipse Bolsonaro’ [essa é boa]: Le Monde diz que indígenas são primeiras vítimas da violência e destruição da Amazônia

A vida dos povos nativos da Amazônia está sendo ameaçada em um grau não visto em décadas pelas políticas do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, uma aliança indígena advertiu nesta quarta-feira

Em um artigo publicado no diário francês Le Monde, 13 signatários disseram que desde a eleição de Bolsonaro “estamos experimentando os primeiros estágios de um apocalipse, dos quais os povos indígenas são as primeiras vítimas”.

Appel des peuples indigènes : « Depuis l’élection de Jair Bolsonaro, nous vivons les prémices d’une apocalypse »

Eles alertaram, em particular, sobre as promessas de Bolsonaro de permitir mais agricultura e exploração madeireira na Amazônia, e facilitar as salvaguardas e conceder mais licenças para a enorme indústria de mineração do Brasil, e construir mais barragens.

Dans une tribune au « Monde », quatorze représentants de peuples indigènes de différents continents, dont ceux de l’Amazonie brésilienne, lancent un appel à protéger le caractère « sacré » de la nature et à s’opposer aux projets du président du Brésil.

O líder populista também prometeu “integrar” os cerca de 800 mil habitantes nativos do Brasil, em parte com novas estradas e linhas ferroviárias através da Amazônia e limpando mais áreas para a agricultura.

Bolsonaro já despojou a agência de assuntos indígenas da Funai do poder de definir a terra nativa, dando esse poder ao Ministério da Agricultura.

Os críticos dizem que, juntos, suas políticas constituiriam uma tomada de terras e uma drástica redução dos direitos conquistados com dificuldade pelas tribos nativas.

“Embora a Amazônia seja vital para a humanidade e os povos indígenas sejam seus principais defensores, ele está tentando nos separar de nossos apoiadores internacionais, ameaçando expulsar as organizações aliadas sob o pretexto de que elas interferem na soberania do país”, afirmou a Aliança dos Povos Indígenas.

Existem 426 territórios demarcados no Brasil, estabelecidos na década de 1980 para uso exclusivo de seus habitantes indígenas, e o acesso de forasteiros é estritamente regulado.

“Somos categoricamente contra qualquer desmatamento, plantações de soja ou criação de gado em terras indígenas”, informou a aliança.

No mesmo artigo, os grupos pediram à União Europeia (UE) que pressione Bolsonaro, recusando-se a importar os produtos agrícolas brasileiros, a menos que seja garantido que eles não vieram de terras nativas ou violaram os direitos dos povos indígenas.

via Le Monde / Sputnik

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