Detalhe da camiseta de um apoiador de Bolsonaro, nos atos de 7 de setembro, com os dizeres: “Armai-vos uns aos outros”. A foto original é de Keiny Andrade, para a Folhapress
PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO
Metade dos apoiadores do presidente desconfia de suas declarações ao menos em parte, aponta a pesquisa que revelou o descrédito em escala acentuada
De todos os eleitores do presidente Bolsonaro pesquisados pelo Datafolha, um total de 15% sempre confiam em suas palavras, 28% confiam às vezes e 57% nunca confiam. Ainda: metade dos apoiadores do presidente desconfia de suas afirmações ao menos em parte, aponta a pesquisa.
Já na parcela dos que afirmam que pretendem votar em Bolsonaro para reeleger-se em 2022, há uma divisão, com o índice dos que têm confiança plena no presidente variando entre 50% e 53%, a depender do cenário, escrevem os jornalistas nesta edição da coluna Painel da Folha de São Paulo.
Os que confiam apenas em parte das ocasiões variam entre 44% e 47%, enquanto 3% dos que pretendem votar no presidente jamais acreditam no que ele diz, afirmam os editores.
O índice é consistente com a visão de grande parte dos bolsonaristas, que admitem que o presidente exagera ou distorce fatos, mas relevam a prática em nome de um suposto comportamento “informal e autêntico” dele, pontuam.
No Twitter, a indignação com as mentiras de Bolsonaro é generalizada. O perfil do presidente é o resultado da convergência de assuntos diversos.
A este exemplo está o tuíte do jornalista Reinaldo Azevedo, que escreveu: “Bolsonaro e Queiroga usaram morte de adolescente motivada por doença autoimune para recomendar suspensão de vacinação em jovens de 12 a 17 anos. Governo oportunista, mentiroso e criminoso. Cadê a PGR?”