Distante dos holofotes desde que se elegeu deputado federal e desgastado politicamente após ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS, acertando o pagamento de R$ 2 milhões para advogados que o defendem, Aécio Neves (PSDB-MG) tem atuado nos bastidores para reverter sua imagem junto aos colegas no Congresso
Nos últimos dez meses, o mineiro foi bem-sucedido em dois episódios: convenceu a cúpula do PSDB a arquivar um pedido para que fosse expulso da legenda e inviabilizou temporariamente a candidatura de um aliado do governador de São Paulo, João Doria, à liderança do partido na Câmara dos Deputados.
Adepto da política de bastidores, o mineiro desempenhou papel de articulador e conselheiro da “bancada da selfie” — como são chamados os novatos que fazem questão de transmitir seus discursos e votações pelas redes sociais.
Em pouco tempo na Câmara, o ex-senador conquistou a confiança de mais da metade da bancada, de 33 deputados federais. Aliados de Aécio justificam o avanço na articulação traçada por ele com a máxima de que na política não existe vazio de poder.