Abin monitora protestos após “vandalismo” e site pede atenção aos “sabotadores de sempre”

“Atos pelo Fora Bolsonaro crescem, com a grandeza das organizações de todos os setores da sociedade. Campanha deve ficar atenta aos sabotadores de sempre“, diz site enquanto a Agência cobra de suas superintendências estaduais o aumento na frequência de atualizações dos informes

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) intensificou o monitoramento dos protestos contra Jair Bolsonaro e, no sábado (3), cobrou de suas superintendências estaduais o aumento na frequência de atualizações dos informes ao longo do dia, conforme mostra matéria no coluna Painel da Folha de S. Paulo, editada por Camila Mattoso. Alexandre Ramagem, chefe da Abin, e o presidente ligaram os protestos a episódios de vandalismo, diz o texto, mas o site Rede Brasil Atual alerta: “Atos pelo Fora Bolsonaro crescem, com a grandeza das organizações de todos os setores da sociedade. Campanha deve ficar atenta aos sabotadores de sempre“, diz site

Segundo relatos, as solicitações por mais produção partiram da direção-geral da Abin, responsável por encaminhar os relatórios para a presidência da República, e ocorrem no momento em que a oposição aumenta a realização dos atos.

Tumulto e quebradeira promovidos por criminosos disfarçados de ‘manifestantes’. Policiais estão nas ruas para aplicação das leis e defesa da sociedade, mas são agredidos apenas em razão de seu trabalho e de sua farda”, escreveu Ramagem nas redes.

Em nota, a Abin disse que tem competência legal e sempre realizou o acompanhamento de manifestações, mas sobre a intensificação dos relatórios afirmou que não se pronuncia. A agência também afirmou que “publicações e comentários” feitos pelo diretor “têm natureza particular” e não são “provenientes de análises institucionais’’.

A terceira jornada de manifestações pelo Fora Bolsonaro – o #3JForaBolsonaro – foi a maior delas, desde que os movimentos decidiram voltar às ruas, em #29 de maio e 19 de junho. Acontece que, diante do crescimento da adesão às manifestações, crescem também as tentativas de desqualificá-las, diz o texto no Rede Brasil Atual. Fica a questão: se a rejeição a Bolsonaro é crescente, segundo todas as pesquisas, a quem interessa desviar o foco do sucesso do Fora Bolsonaro? Quem ganha com “tumultos”, depredações e agressões, como aquelas ocorridas ontem na Rua da Consolação, quando o ato de São Paulo caminhava para o encerramento?

É importante lembrar que nos primeiros atos, em 29 de maio, o único registro de fuga do roteiro pacífico dos protestos ocorreu em Recife, e por iniciativa policial. Quem não recorda da cena da covardia do policial lançando spray no rosto da vereadora petista Liana Cirne a centímetros de distância? Na ocasião, integrantes da Polícia Militar de Pernambuco agrediram manifestantes com bombas de gás lacrimogêneo e sprays de pimenta, agindo à revelia das orientações de governo. Como era de se esperar, tanto o governador Paulo Câmara (PSB) quanto a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) repudiaram a ação.

O site também afirma que “nenhuma dessas correntes chegou a defender a mais remota hipótese de promover quebra-quebra, ações violentas e, por que não qualificar?, criminosas como as de domingo.

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