Em entrevista ao ‘Grupo Folha’, em Londrina (PR), presidenta do PT Gleisi Hoffmann nega polarização com Bolsonaro: “Ninguém é polo com ele, Bolsonaro não está no campo da democracia, está no do fascismo”
O papel do PT em um amplo programa de reconstrução do Brasil está no centro da disputa entre dois projetos nas eleições de 2022: um, do campo progressista, e o outro, de destruição do Estado brasileiro e de direitos sociais. Nesse cenário, dificilmente haverá espaço para uma terceira via que, no fundo, representa o mesmo neoliberalismo de Bolsonaro, argumenta a presidenta Nacional do PT. Ela concedeu entrevista ao Grupo Folha, nesta segunda-feira (19), em Londrina (PR). Gleisi traçou um panorama do atual quadro político, reforçou a importância das manifestações pela saída de Bolsonaro da Presidência e afirmou que não existe polarização entre Lula e Bolsonaro, que tem claras inclinações fascistas.
Sobre uma polarização entre o partido e o bolsonarismo, Gleisi considera que o PT não é um polo da extrema direita do ocupante do Planalto, que se caracteriza, sobretudo, por uma postura antidemocrática.
Para Gleisi, é papel das legendas e suas coligações lutar pelas regras democráticas estabelecidas pela Constituição, pela lei, e apresentar seus projetos para apreciação popular no primeiro turno das eleições.
CPI da Covid
Gleisi também destacou a importância da CPI da Covid e das manifestações contra Bolsonaro para o início de um processo de impeachment do presidente.
Na avaliação da dirigente, está claro que Bolsonaro cometeu crime e deve ser afastado.
Ela adverte que somente pela força dos atos populares o presidente da Câmara, Arthur Lira, poderá abrir um dos mais de 120 pedidos de impedimento de Bolsonaro.
Pressão das ruas e centrão
Ela reconhece a enorme dificuldade para abertura do processo por causa do centrão, que sustenta o governo a um “custo muito alto.”
Gleisi defendeu ainda as manifestações, apesar do quadro de gravidade provocado pela pandemia.
A deputada lembrou da próxima manifestação de massa no país, marcada para o dia 24.
Corrupção
Na entrevista, Gleisi também ressaltou que o PT não vê problema algum em debater temas relacionados à corrupção. Ela enfatizou, no entanto, que o presidente Lula é cauteloso antes de acusar outros porque não quer cometer a mesma injustiça que fizeram contra ele.
E foi enfática ao pontuar
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